Portugueses colocam nos ecopontos o equivalente a 12 elefantes por hora

Sete em cada dez lares já fazem a separação das embalagens. Actualmente, a meta de reciclagem é de 44%, mas vai aumentar para 65% até 2030.

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Embalagens de plástico e de metal no ecoponto amarelo; garrafas, boiões e frascos de vidro no verde e embalagens de papel cartão, jornais e revistas no azul público

Os portugueses colocam nos ecopontos embalagens usadas equivalentes ao peso de 12 elefantes, por hora, evitando que sejam depositadas em aterro, sendo antes recicladas, segundo a Sociedade Ponto Verde (SPV).

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Os portugueses colocam nos ecopontos embalagens usadas equivalentes ao peso de 12 elefantes, por hora, evitando que sejam depositadas em aterro, sendo antes recicladas, segundo a Sociedade Ponto Verde (SPV).

"Graças a esse empenho e ao acto de separar as embalagens usadas em casa, encaminhando-as para reciclagem, [os portugueses] tornam possível que, a cada hora que passa, uma quantidade de resíduos, equivalente ao peso de 12 elefantes, seja desviada de aterro", refere uma informação da SPV, uma das três entidades gestoras deste tipo de resíduos.

Para marcar o Dia Internacional da Reciclagem, que hoje se assinala, a SPV realça o "gesto simples" de colocar as embalagens de plástico, vidro e papel no local adequado, o primeiro passo para encaminhar o lixo para o tratamento correcto e posterior reaproveitamento como matéria-prima.

Este é o princípio da economia circular, cuja concretização é uma prioridade do Ministério do Ambiente.

A economia circular baseia-se na redução do uso dos materiais primários e na aposta na reciclagem e reutilização de produtos, ao contrário da actual economia linear, em que são extraídos recursos à natureza, usados e deitados fora.

Segundo um exemplo da SPV, cada 100 toneladas de plástico reciclado evitam a extracção de uma tonelada de petróleo.

No balanço de 20 anos de actividade, refere que já foram reciclados 7,5 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, equivalente ao peso de três pontes Vasco da Gama, em resultado dos sete em cada dez lares que já fazem a separação das embalagens.

No entanto, reconhece, "existe ainda um considerável potencial de crescimento ao nível da adopção do hábito de separação em casa e fora de casa".

As embalagens de plástico e de metal devem ser colocadas no ecoponto amarelo, as garrafas, boiões e frascos de vidro no ecoponto verde e as embalagens de papel cartão, jornais e revistas no azul.

A SPV aproveita para esclarecer algumas dúvidas dos consumidores: não é necessário lavar as embalagens nem retirar rótulos antes de as colocar no ecoponto, as latas de conserva devem ir para o ecoponto amarelo, tal como os pacotes de bebidas e o esferovite.

O lixo indiferenciado ainda é o sítio certo para guardanapos e papel de cozinha, assim como para copos de vidro partidos.

Portugal tem mais de 43 mil ecopontos, 71% dos portugueses fazem diariamente separação de embalagens e a SPV investiu mais de 50 milhões de euros em comunicação e sensibilização, um milhão de euros em responsabilidade social e dois milhões em investigação e desenvolvimento, segundo os dados da entidade.

Actualmente, a meta de reciclagem é de 44%, mas vai aumentar para 65% até 2030.

As medidas para prevenção dos resíduos, concepção ecológica de produtos e reutilização são algumas das alternativas que podem resultar em poupanças de cerca de 600 mil milhões de euros nas empresas europeias, ou seja, cerca de 8% do total do seu volume de negócios anual, na criação de 170 mil empregos directos no sector e na redução de 2% a 4% das emissões de gases de efeito de estufa.