Vendas online da Sonae estão a crescer a um ritmo de 30%
Rentabilidade dos negócios da Sonae subiu 11% no primeiro trimestre do ano.
Há muitos anos que a Sonae não registava um primeiro trimestre tão positivo. A afirmação é de Luís Filipe Reis, chief corporate center officer (CCCO) do grupo, que destaca o crescimento trimestral das vendas para 1342 milhões de euros - mais 8,7% face ao período homólogo - e o crescimento de 11% do EBITDA subjacente, para 57 milhões de euros.
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Há muitos anos que a Sonae não registava um primeiro trimestre tão positivo. A afirmação é de Luís Filipe Reis, chief corporate center officer (CCCO) do grupo, que destaca o crescimento trimestral das vendas para 1342 milhões de euros - mais 8,7% face ao período homólogo - e o crescimento de 11% do EBITDA subjacente, para 57 milhões de euros.
O arranque positivo do ano traduz-se ainda na subida dos resultados líquidos, de oito para 20 milhões de euros e, dentro da estratégia de fortalecimento do balanço, a redução de 8,2%, ou 113 milhões de euros, da dívida líquida. O grupo investiu 71 milhões de euros no trimestre, e criou 2000 postos de trabalho, que aproximam o total dos 46 mil.
Para os resultados apresentados contribuíram “positivamente” todos os negócios do grupo, que é proprietário do PÚBLICO, mas os maiores crescimentos continuaram a vir do retalho alimentar e da Worten. E é nestes dois segmentos que têm mais peso as vendas online, a que se junta ainda a Salsa, que no conjunto cresceram entre 30% a 40%. Os dados do trimestre não foram revelados, mas em 2017 as vendas online totalizaram 100 milhões de euros.
De acordo com Luís Filipe Reis, a Sonae MC, onde está o Continente, “reforçou a posição de liderança”, com crescimento “acelerado” de 10% do volume de negócios, para 940 milhões de euros. Este crescimento foi de 5,3% no universo de lojas comparáveis, mas também na abertura de novas lojas de conveniência, como O Continente Bom Dia e mais três supermercados Go Natural.
No segmento da alimentação Bio e saudável, e já depois do fecho do trimestre, a Sonae adquiriu a Amor Bio, com dois supermercados em Lisboa, e a estratégia passa por continuar a abrir lojas neste segmento. Paralelamente, o CCCO destaca que o grupo está apostado em “levar a alimentação bio e saudável a todos os portugueses, através do Continente, reforçando a actual liderança neste segmento”.
O volume de negócios da Worten atingiu 242 milhões de euros, mais 9,3%, suportado por uma variação de vendas no universo comparável de lojas de 8,8% e pelo forte desempenho do e-commerce.
A Sonae Fashion registou vendas de 96 milhões de euros, mais 1,5% em termos homólogos, e as vendas no universo comparável de lojas cresceram 3,7%, ao mesmo tempo que “a operação online continuou com um bom ritmo de crescimento, com destaque para a MO que mais do que duplicou vendas, para a Zippy que cresceu em 68% e para a Salsa com crescimento de mais de 30%”. Nesta área, ficou concluído o acordo para a combinação da JD Sprinter e Sport Zone, criando o segundo maior retalhista da Ibéria no sector de desporto (Iberian Sports Retail Group), que passará no segundo trimestre a consolidar através do método de equivalência patrimonial.
Nos outros negócios do grupo, na Sonae FS, a área financeira, o volume de negócios cresceu 30% comparado com o mesmo período do ano passado, para sete milhões de euros, com destaque para o crescimento do cartão Universo, e na Sonae RP, unidade responsável pela gestão do portefólio de imobiliário, foi de 23 milhões de euros (+2,4%). Já na Sonae Sierra (centros comerciais) totalizou 54 milhões, com o EBIT a aumentar 7,8%, e no segmento tecnológico (Sonae IM) atingiu 33 milhões (+1%). A Nos cresceu a nível operacional, tendo as receitas de telecomunicações crescido 0,9% em termos homólogos.