Ministro demite responsáveis por resíduos e recursos hídricos na APA
A poluição do rio Tejo, em Vila Velha de Rodão, com o aparecimento de espuma, valeu críticas à Agência Portuguesa do Ambiente.
O ministro do Ambiente demitiu dois elementos do conselho directivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsáveis pelas áreas de recursos hídricos e de resíduos, que passam a ser geridas por Pimenta Machado e Mercês Ramos Ferreira.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ministro do Ambiente demitiu dois elementos do conselho directivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsáveis pelas áreas de recursos hídricos e de resíduos, que passam a ser geridas por Pimenta Machado e Mercês Ramos Ferreira.
"Duas áreas do conselho directivo da APA tinham de seguir rumos diferentes, nos resíduos não estávamos a encontrar o dinamismo que queremos, com a [aposta na] economia circular, e nos recursos hídricos é preciso dar um impulso às políticas e transformá-las em obra", disse esta terça-feira à agência Lusa João Matos Fernandes.
Na área da gestão de resíduos, a escolha foi para Maria Mercês Duarte Ramos Ferreira, que, até Fevereiro exerceu funções de técnica superior no gabinete de apoio ao presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, trabalhando em projectos como o Plano Municipal para a Economia Circular, depois de ter sido vereadora de Ambiente naquela autarquia.
Para liderar a gestão dos recursos hídricos, o ministro do Ambiente contratou José Carlos Pimenta Machado da Silva, administrador Regional da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Norte, departamento da APA no norte, e que, em 2013, assumiu a presidência do Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Norte, além de ser membro da direcção do Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Deixam a direcção da APA António João Sequeira Ribeiro, que ocupava o cargo de vice-presidente, e Inês Diogo, vogal. A economia circular é uma prioridade do ministro do Ambiente e visa alterar formas de produzir para reduzir a pressão sobre os recursos naturais, optando por reutilizar e reciclar materiais.
Na área dos recursos hídricos, aquando do foco de poluição do rio Tejo, em Vila Velha de Rodão, com o aparecimento de espuma, a APA foi criticada e algumas entidades e partidos políticos da oposição defenderam a demissão do presidente da agência do Ambiente, Nuno Lacasta.