Uber Eats chegou ao Porto
O serviço de entrega de refeições da Uber já circula na segunda maior cidade do país, com ementas de mais de 60 restaurantes disponíveis.
Seis meses depois de ter arrancado em Lisboa, a Uber lançou nesta quarta-feira o serviço Uber Eats no Porto. A encomenda através desta aplicação inclui uma taxa de serviço de 2,90 euros e a cobertura geográfica inicial vai da "Foz às Antas e da Ribeira até Arca de Água". É possível escolher pratos de cerca de 60 restaurantes, alguns dos quais muito populares no panorama gastronómico local.
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Seis meses depois de ter arrancado em Lisboa, a Uber lançou nesta quarta-feira o serviço Uber Eats no Porto. A encomenda através desta aplicação inclui uma taxa de serviço de 2,90 euros e a cobertura geográfica inicial vai da "Foz às Antas e da Ribeira até Arca de Água". É possível escolher pratos de cerca de 60 restaurantes, alguns dos quais muito populares no panorama gastronómico local.
"Estamos muito entusiasmados" com este lançamento, declarou o director-geral da Uber para Portugal, Rui Bento. "Queremos aproximar os portuenses, e quem visita a cidade, das suas refeições favoritas", acrescentou. Há áreas populosas que, por agora, não serão cobertas pelos estafetas – como zonas de Paranhos, Aldoar, Nevolgide ou Campanhã –, mas a empresa prefere começar "aos poucos" e depois alargar o serviço sem comprometer a promessa principal: entregar as encomendas no máximo em 30 minutos, seja qual for o destino e seja qual for o restaurante escolhido. No final, pagará o preço da refeição segundo a tabela do restaurante, acrescido dos tais 2,90 euros da taxa de serviço.
Entre o leque de opções encontram-se casas bem conhecidas do circuito gastronómico do Porto: o Gazela (conhecido pelos cachorros), o icónico Café Velasquez, o restaurante O Diplomata (procurado pelas panquecas) ou o Venham mais Cinco – cuja especialidade é o prego no pão, com lombo de boi e queijo da Serra. Há opções "para todos os gostos e todas as ocasiões", garante o director-geral da empresa, que tentou reunir neste lançamento dezenas de locais que vão desde a cozinha tradicional à internacional.
A empresa não divulgou, apesar do pedido do PÚBLICO, números referentes à primeira experiência portuguesa da Uber Eats, em Lisboa. Sabe-se que a expansão para a segunda maior cidade do país se integra num plano mais vasto desta empresa tecnológica, sediada em São Francisco, na Costa Oeste dos EUA, e que aposta com força no desenvolvimento desta linha de negócio. Até ao final de 2017, a Uber Eats tinha chegado a mais de 200 cidades em todo o mundo e, recentemente, a empresa anunciou que o plano de expansão para 2018 incluía uma centena de novas localizações, segundo declarações de Jason Droege, responsável pelo pelouro de logística.
O Porto, como se vê, é uma dessas cidades onde a entrega por estafeta estava, até agora, a ser explorado por concorrentes como o NoMenu. Agora, o Porto, tem mais uma opção – e para os japoneses do SoftBank, que se tornaram nos maiores investidores da Uber em Novembro de 2017, trata-se de um pequeno passo desta gigante tecnológica que está a reorganizar-se antes de uma muito aguardada entrada em bolsa.
Contas Uber sincronizadas
Tal como em Lisboa e em todas as outras cidades já servidas, os interessados no serviço no Porto vão ter de descarregar a aplicação Uber Eats, ou então registar-se em ubereats.com. No caso de já serem clientes Uber para transporte de passageiros, podem (se quiserem) utilizar a mesma conta. Depois, basta indicar o local de entrega, escolher o restaurante e a refeição – não existe um valor mínimo em euros para cada encomenda e a taxa de serviço é constante e independente do valor da compra. "Se estiver a viajar com a Uber, a aplicação sincroniza-se com o Uber Eats para indicar quanto tempo irá demorar a entrega da refeição após chegar ao destino", acrescenta o ramo português da empresa.
A entrega de comida constitui um mercado mundial apetecível: vale 28 mil milhões de dólares (cerca de um sexto do Produto Interno Bruto de Portugal). E o serviço criado pela Uber – que começou por aplicar esta ideia de negócio em casa e, depois, em algumas cidades onde estava a ter problemas legais com o transporte de pessoas, como Barcelona – tem tido "mais sucesso do que se esperava", disse Jason Droege, numa entrevista em Março ao jornal Financial Times. Quarenta e cinco das 200 cidades que facturaram ao longo de todo o ano de 2017 deram lucro, revelou o mesmo responsável. Um resultado bem acima do de 2016, ano em que a empresa teve lucro em três pontos do mapa, num universo muito mais pequeno de 50 cidades servidas.
A "casa-mãe" da Uber Eats tem novo líder desde Agosto de 2017. Dara Khosrowshahi assumiu a condução da Uber, depois de uma série de demissões e casos (incluindo acusações de espionagem, laxismo, cultura sexista e mau comportamento) que afectaram tanto a imagem corporativa como a do então presidente e fundador Travis Kalanick, que acabaria por deixar a presidência da Uber, por pressão de alguns dos investidores, mantendo-se no entanto ligado à empresa que, depois de virar de cabeça para baixo a indústria do transporte de passageiros, tenta assegurar uma posição forte no mercado da entrega de comida.
Para os clientes do Porto, a app Uber Eats oferece, tal como noutras cidades, recomendações sobre pratos favoritos/populares. Em Lisboa, o serviço arrancou em Novembro de 2017, com 90 restaurantes, leque que entretanto cresceu para mais de 400.
Neste lançamento no Porto, o serviço Uber Eats vem ainda acompanhado de uma outra parceria, com a cadeia de fast food McDonald's, para introduzir o serviço McDelivery. Ao abrigo deste acordo entre as duas entidades, os menus McDonald's passam a ser entregues pelo Uber Eats. Jorge Ferraz, director-geral da McDonald's destacou a importância deste segmento, revelando que "o serviço de entrega ao domicílio foi um dos factores de crescimento da McDonald's em Portugal em 2017, superando as expectativas iniciais".