Toalhitas de limpeza são uma ameaça ambiental e podem desaparecer nas próximas décadas

O aviso é feito pelo Governo do Reino Unido, que para já se une à indústria para sensibilizar os consumidores sobre o fim que deve ser dado a este produto descartável.

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As toalhitas são frequentemente usadas para a higiene pessoal Reuters/ALESSANDRO GAROFALO

Práticas de usar e transportar, as toalhitas são uma opção recorrente, não só como produto de higiene pessoal, mas também nas suas versões para limpeza doméstica. No entanto, a sua composição, feita em parte de plástico não-biodegradável está a gerar preocupações ambientais.

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Práticas de usar e transportar, as toalhitas são uma opção recorrente, não só como produto de higiene pessoal, mas também nas suas versões para limpeza doméstica. No entanto, a sua composição, feita em parte de plástico não-biodegradável está a gerar preocupações ambientais.

No Reino Unido, por exemplo, as toalhitas de limpeza são responsáveis pelo bloqueio de esgotos domésticos em quase 93% das vezes – por comparação, por exemplo, a gordura e óleo são responsáveis por apenas 0,5%; e algodão, produtos de higiene feminina e embalagens de plástico pelos restantes 7%.

Os números são citados pela BBC e servem de partida para a discussão do Governo britânico e indústria para a educação e sensibilização dos consumidores. Para o Governo britânico, o plano é eliminar o desperdício de plástico, onde se inserem as toalhitas. A primeira-ministra britânica, Theresa May, comprometeu-se em Janeiro deste ano a “erradicar todo o desperdício de plástico” até 2042.

Para já, uma das estratégias é sensibilizar os consumidores para que não coloquem as toalhitas nas sanitas, para que não entupam o sistema sanitário.

“Estamos continuamente a trabalhar com os produtores e retalhistas para que garantam que as embalagens são claras e que as pessoas sabem onde colocar as toalhitas, depois de usadas”, declarou um porta-voz do Ministério do Ambiente.

No entanto, o passo seguinte é “encorajar a inovação para que mais e mais produtos possam ser reciclados” e trabalhar com a indústria para “desenvolver alternativas, tais como toalhitas que não contenham plástico e que possam por isso ser colocadas na sanita”.

Os números não surpreendem organizações governamentais como a Greenpeace e a Marine Conservation Society: a maioria das vezes as toalhistas são anunciadas como descartáveis.