Principais accionistas do banco BCP propõem Miguel Maya para presidente executivo
O grupo chinês Fosun, o maior accionista do BCP, a petrolífera angolana Sonangol e o Fundo de Pensões do Grupo EDP propõem que Nuno Amado seja substituído na liderança executiva do banco por Miguel Maya, actual vice-presidente.
Os principais accionistas do banco BCP propuseram esta terça-feira a eleição de Miguel Maya como presidente executivo do banco em assembleia-geral e a passagem de Nuno Amado a presidente do Conselho de Administração.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os principais accionistas do banco BCP propuseram esta terça-feira a eleição de Miguel Maya como presidente executivo do banco em assembleia-geral e a passagem de Nuno Amado a presidente do Conselho de Administração.
O BCP divulgou, através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as propostas relativas aos pontos da ordem de trabalhos da assembleia-geral a realizar a 30 de Maio, sendo que o ponto oito se refere à eleição dos membros do Conselho de Administração, uma vez que o mandato do actual órgão social terminou no final de 2017.
A proposta assinada pelo grupo chinês Fosun, o maior accionista do BCP, a petrolífera angolana Sonangol e o Fundo de Pensões do Grupo EDP propõe que Nuno Amado deixe de ser presidente executivo (cargo que assumiu em 2012, após ser presidente do Santander Totta) e passe a presidente do Conselho de Administração (‘chairman’), cargo até agora ocupado pelo embaixador António Monteiro.
Como presidente executivo é proposto Miguel Maya, actual vice-presidente executivo do BCP, confirmando notícias já avançadas por órgãos de comunicação social.
As propostas à assembleia-geral do BCP hoje conhecidas incluem ainda uma proposta para que o mandato do Conselho de Administração do BCP passe dos actuais três para quatro anos, justificando com a necessidade de dar “maior estabilidade ao desempenho de funções dos membros dos órgãos sociais”.
O BCP tem como principal accionista o grupo chinês Fosun, com 27,06% do capital social, sendo a petrolífera angolana Sonangol o segundo maior accionista, com 19,49%, segundo a página do banco na Internet. Já o Grupo EDP tinha 2,11% do capital social.
Em conjunto, estes três accionistas, que propuseram os novos membros do Conselho de Administração, têm mais de 48% dos direitos de voto.
Ainda segundo informações divulgadas ao mercado, em Fevereiro o fundo de investimento norte-americano BlackRock tinha 2,73% do BCP e o Norges Bank 1,76%.