Funcionários da Autoeuropa vão referendar Comissão de Trabalhadores
Um dos motivos que levaram alguns funcionários da Autoeuropa a contestar a actual direcção da Comissão de Trabalhadores foi a implementação dos novos horários desde o passado mês de Fevereiro, que incluem o trabalho ao sábado.
Os trabalhadores da Autoeuropa vão referendar esta quarta-feira a Comissão de Trabalhadores, na sequência de um abaixo-assinado de 190 funcionários que já não se revêm nos actuais representantes, confirmou esta terça-feira à agência Lusa um elemento da Comissão de Trabalhadores.
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Os trabalhadores da Autoeuropa vão referendar esta quarta-feira a Comissão de Trabalhadores, na sequência de um abaixo-assinado de 190 funcionários que já não se revêm nos actuais representantes, confirmou esta terça-feira à agência Lusa um elemento da Comissão de Trabalhadores.
"Na sequência do abaixo-assinado, fizemos um plenário de trabalhadores e decidimos marcar o referendo para esta quarta-feira", disse Carlos Rocha, da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, adiantando que a votação decorre entre as 2h e as 21h.
Segundo Fausto Dionísio, também da Comissão de Trabalhadores, "para destituir a actual direcção é necessária uma maioria simples (50% mais um voto) no referendo de quarta-feira, que também deverá ter uma participação de, pelo menos, 2/3 dos 5900 trabalhadores da empresa".
Um dos motivos que levaram alguns funcionários da Autoeuropa a contestar a actual direcção da Comissão de Trabalhadores foi a implementação dos novos horários desde o passado mês de Fevereiro, que vigoram até Agosto deste ano e que incluem o trabalho ao sábado.
A partir de 20 de Agosto, depois do habitual período de férias na fábrica de automóveis da Autoeuropa, a administração da empresa deverá implementar um novo horário que contempla a laboração contínua da fábrica, com um total de 19 turnos, de segunda-feira a domingo.
Alguns trabalhadores consideram que, apesar da laboração contínua e da obrigatoriedade de trabalharem sábados e domingos, o novo horário é "menos penoso" do que o actual, uma vez que, ao contrário do que acontece com o que está em vigor, prevê um esquema de rotação de turnos com duas folgas consecutivas.