República Democrática do Congo confirma dois casos de infecção pelo Ébola

Há ainda outros dez casos suspeitos de infecção do Ébola, um vírus que foi identificado pela primeira vez nos anos 70.

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Vírus do Ébola CDC

A República Democrática do Congo confirma a existência de dois casos de infecção pelo vírus do Ébola na povoação de Bikoro, no Noroeste do país, e que há pelo menos mais dez casos suspeitos – segundo afirmou esta terça-feira o responsável pelo Instituto Nacional para a Investigação Biológica daquele país, Jean-Jacques Muyembe.

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A República Democrática do Congo confirma a existência de dois casos de infecção pelo vírus do Ébola na povoação de Bikoro, no Noroeste do país, e que há pelo menos mais dez casos suspeitos – segundo afirmou esta terça-feira o responsável pelo Instituto Nacional para a Investigação Biológica daquele país, Jean-Jacques Muyembe.

Uma fonte do Ministério da Saúde do país, além de confirmar os dois casos, acrescentou que haverá um anúncio oficial sobre esta questão ao final deste dia.

Esta é a nona vez que há registos de um surto de Ébola na República Democrática do Congo (ex-Zaire), cujo nome do rio Ébola emprestou a designação a este vírus letal quando foi descoberto nos anos 70. Estes novos casos surgem menos de um ano depois do último surto neste país do Centro de África, em que houve oito pessoas infectadas pelo vírus do Ébola, tendo morrido quatro.

Pensa-se que o vírus do Ébola se dissemina a grandes distâncias através de morcegos, que são hospedeiros do vírus sem ficarem doentes nem morrerem, mas infectam outros animais, como os macacos. Geralmente, o vírus contamina os seres humanos através da carne infectada de animais selvagens caçados na floresta.

O facto de a República Democrática do Congo ter um vasto território remoto é uma vantagem neste caso, uma vez que os surtos de Ébola costumam ser localizados e relativamente fáceis de isolar.

Na África ocidental, viveu-se há pouco tempo a maior epidemia de Ébola de que há memória, que terminou há dois anos. Matou mais de 11.300 pessoas e infectou cerca de 28.600, à medida que se espalhou através da Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, até que foi finalmente contida.