Boris Johnson pede a Trump que mantenha EUA no acordo nuclear
A Casa Branca anuncia este sábado se manterá, ou não, o pacto nuclear com o Irão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, está em Washington para apelar ao Presidente norte-americano para que se mantenha no acordo nuclear com o Irão, a dias de Donald Trump decidir sobre a continuidade dos EUA no pacto.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, está em Washington para apelar ao Presidente norte-americano para que se mantenha no acordo nuclear com o Irão, a dias de Donald Trump decidir sobre a continuidade dos EUA no pacto.
Num artigo de opinião que assinou no domingo no jornal New York Times, Boris Johnson escreve que “apenas o Irão ganharia” com o fim do acordo nuclear. “De todas as opções que temos para garantir que o Irão não tem uma arma nuclear, esta é a que oferece menos desvantagens”, assinala. O ministro britânico reconhece que o acordo tem “as suas fraquezas, certamente”, mas está convencido de que estas podem ser “corrigidas”.
O acordo nuclear com o Irão foi assinado em 2015 entre China, EUA, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido. O pacto suspendeu as sanções económicas a Teerão, em troca de uma limitação do programa nuclear.
Boris Johnson está em Washington esta semana, onde se irá reunir com o vice-presidente Mike Pence, com o conselheiro de segurança nacional John Bolton e com os líderes do Congresso. Na sua agenda não está previsto um encontro com o Presidente dos EUA. Está previsto que participe no programa matinal do canal Fox & Friends.
A 12 de Maio, o Presidente norte-americano anuncia a sua decisão sobre o acordo.
Na última semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou o que acordo nuclear é essencial para evitar a guerra. As declarações de Guterres surgiram depois de Israel ter revelado “ficheiros secretos” e de acusar o Irão de ter violado o acordo nuclear e de ter mantido ao longo dos últimos anos um projecto de desenvolvimento de armas nucleares secreto “para uso futuro”. Os documentos mostrados por Netanyahu estão a ser postos em causa por diversas fontes.