Académica Manuela Veloso vai liderar inteligência artificial no JP Morgan

A investigadora deve ajudar o banco a desenvolver sistemas autónomos em novas áreas de negócio e trabalhar com as equipas de análise de dados.

Foto
O banco tem um orçamento de 10,8 mil milhões de dólares para inovação tecnológica Reuters/MIKE SEGAR

O banco de investimento norte-americano JP Morgan contratou a académica portuguesa Manuela Veloso como presidente da sua secção de inteligência artificial. A investigadora, que actualmente lidera o departamento de inteligência artificial da universidade Carnegie Mellon, nos EUA, deverá ajudar o banco a desenvolver sistemas autónomos em novas áreas de negócio e trabalhar de perto com as equipas de análise de dados.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O banco de investimento norte-americano JP Morgan contratou a académica portuguesa Manuela Veloso como presidente da sua secção de inteligência artificial. A investigadora, que actualmente lidera o departamento de inteligência artificial da universidade Carnegie Mellon, nos EUA, deverá ajudar o banco a desenvolver sistemas autónomos em novas áreas de negócio e trabalhar de perto com as equipas de análise de dados.

Foto
A académica Manuela Veloso, em 2012

Natural de Lisboa, Veloso, 60 anos, formou-se em engenharia electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, antes de partir para os EUA, onde se doutorou em Ciências da Computação na universidade norte-americana de Carnegie Mellon. No mês passado, esteve em Lisboa para falar de um dos seus projectos, os CoBots, robôs colaborativos que partilham informação entre si e com humanos para os ajudar nas tarefas do dia-a-dia.

“Reunimos equipas talentosas para empurrar a inovação nas áreas da inteligência artificial, tecnologia de blockchain, big data e bots, com os objectivos de melhorar a nossa eficiência”, diz o vice-presidente argentino do banco, Daniel Pinto, em comunicado.

Apesar de no final de 2017, Jamie Dimon, o presidente do banco JP Morgan, ser criticado por descrever a divisa digital bitcoin como “uma fraude”, no começo do ano novo frisou que a tecnologia de “blockchain é a sério” por ser uma forma de agilizar pagamentos, sem necessidade de intermediários.