“Nunca dar por garantida” a liberdade de imprensa

Numa nota publicada no site, Marcelo alerta para os riscos "imperceptíveis" para a verdade e o pluralismo e enaltece “independência” dos media face a poderes políticos e económicos.

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Marcelo: A liberdade de imprensa tem de ser exercida todos os dias" LUSA/MÁRIO CRUZ

O Presidente da República avisa que nunca se deve dar por garantida a liberdade de imprensa. Numa nota publicada no site da Presidência, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa alerta para os riscos dos tempos actuais para a verdade e o pluralismo.

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O Presidente da República avisa que nunca se deve dar por garantida a liberdade de imprensa. Numa nota publicada no site da Presidência, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa alerta para os riscos dos tempos actuais para a verdade e o pluralismo.

“A velocidade da informação, a aparente facilidade com que hoje todos temos acesso a tantos meios, a manipulação das redes sociais, os constrangimentos económicos, a precariedade laboral, são realidades de hoje que podem pôr em causa dois valores fundamentais para que a liberdade de imprensa seja exercida: a verdade e o pluralismo”, escreve o chefe de Estado.

A nota sublinha que “a Liberdade de Imprensa tem de ser exercida e defendida todos os dias, bem como a sua independência face aos poderes político e económico”, tal como dissera aos jornalistas na Fundação Calouste Gulbenkian, à margem das Conferências de Lisboa. “O seu dia mundial serve para nos lembrarmos disso mesmo e valorizarmos os valores que a sustentam”, acrescenta.

“Longe vão felizmente os tempos, que muitos de nós vivemos, de coacção permanente e deliberada dessa liberdade. Noutras latitudes ainda hoje se morre pela liberdade de informar, como ainda há poucos dias no Afeganistão em que um atentado terrorista ceifou a vida a oito jornalistas”, sustenta o Presidente. Os tempos são outros, mas as ameaças também, e menos perceptíveis, avisa.

Citando o Papa Francisco, Marcelo Rebelo de Sousa subscreve a ideia de que “a verdade liberta”. “Neste contexto mundial em que vivemos e em que assistimos ao fenómeno das fake news e em que, como referi na sessão solene do 25 de Abril, tantos populismos crescem à sombra de mediatismos fáceis, é necessária uma vigilância acrescida para que todos possam gozar de verdadeira Liberdade de Imprensa”, sublinha.