Um festival à sombra de Hitchcock
A abertura e o encerramento da 25.ª edição do FIMFA decorrerão sob a influência do cineasta britânico. Mas de 3 a 20 de Maio também haverá robôs, autómatos, legumes, tanques de guerra, sombras e algum barro em diversos palcos lisboetas.
Nesta edição em que A Tarumba, companhia de teatro de marionetas e entidade promotora do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa (FIMFA), comemora 25 anos, o festival junta nos seus diversos palcos robôs, autómatos, legumes, tanques de guerra, objectos de barro, sombras e as ditas marionetas. Entre 3 e 20 de Maio, disperso por várias salas da cidade (Teatro Maria Matos, Teatro São Luiz, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Taborda, Teatro do Bairro, Cinemateca Portuguesa e Museu Nacional do Teatro e da Dança), o programa desenhado por Luís Vieira e Rute Ribeiro volta a reclamar este espaço de liberdade e experimentação como um lugar privilegiado para pensar o mundo.
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Nesta edição em que A Tarumba, companhia de teatro de marionetas e entidade promotora do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa (FIMFA), comemora 25 anos, o festival junta nos seus diversos palcos robôs, autómatos, legumes, tanques de guerra, objectos de barro, sombras e as ditas marionetas. Entre 3 e 20 de Maio, disperso por várias salas da cidade (Teatro Maria Matos, Teatro São Luiz, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Taborda, Teatro do Bairro, Cinemateca Portuguesa e Museu Nacional do Teatro e da Dança), o programa desenhado por Luís Vieira e Rute Ribeiro volta a reclamar este espaço de liberdade e experimentação como um lugar privilegiado para pensar o mundo.
Esta será uma edição marcada pela figura de Alfred Hitchcock. Quis o FIMFA abrir e fechar o programa com dois espectáculos (Birdie e Ada/Ava) criados à sombra da obra do realizador inglês. Se em Birdie (dias 3 a 5, Maria Matos) a presença de Os Pássaros é explícita, em Ada/Ava (dias 18 e 19, São Luiz), dos norte-americanos Manual Cinema, o universo do autor de Janela Indiscreta é uma sugestão permanente.
A mecânica ao serviço da criação artística unirá, por outro lado, as apresentações do israelita Amit Drori e do iraniano Ali Moini. Drori, que trouxe já a uma edição anterior do FIMFA o impressionante Savanna, regressa com Monkeys (dias 12 e 13, São Luiz), resultado de cinco anos de trabalho a desenvolver uma série de marionetas híbridas, entre a máquina e o homem; Moini, por sua vez, traz ao festival uma coreografia, Man anam ke rostam bovad pahlavan (dias 15 e 16, Maria Matos), que partilha com uma marioneta de metal de tamanho humano.
De Israel chega ainda Plastic Heroes (dias 15 a 17, Teatro do Bairro), de Ariel Doron, teatro de objectos que decorre num cenário de guerra, enquanto da Bélgica os BERLIN trazem um casal de idosos a viver na Chernobyl pós-desastre nuclear, Zvizdal (dias 10 e 11, Maria Matos) e dos Estados Unidos vem uma La Valse des Hommelettes (dias 17 a 19, D. Maria II), inspirada pelos contros dos irmãos Grimm. E se é ano de comemoração para a Tarumba, também o Teatro de Marionetas do Porto se apresenta com um espectáculo comemorativo (festeja os seus 30 anos): Arcano (dia 16, São Luiz), a partir de Franz Kafka. Mas há muito mais a descobrir no FIMFA. Até porque nem chegámos a falar alongadamente de legumes ou de barro.