António Sousa Pereira é o novo reitor da Universidade do Porto

Director do ICBAS sucede a Sebastião Feyo de Azevedo, que não conseguiu ser reeleito para um segundo mandato.

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O novo reitor dirige o ICBAS Adriano Miranda

António Sousa Pereira, director do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), foi eleito 20.º reitor da Universidade do Porto para o mandato 2018-2022, nesta sexta-feira. Sucede a Sebastião Feyo de Azevedo, que ocupava o cargo desde 2014.

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António Sousa Pereira, director do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), foi eleito 20.º reitor da Universidade do Porto para o mandato 2018-2022, nesta sexta-feira. Sucede a Sebastião Feyo de Azevedo, que ocupava o cargo desde 2014.

Segundo o edital oficial, a que a Lusa teve acesso, Sousa Pereira, de 57 anos, foi o escolhido com 12 votos, ao passo que Sebastião Feyo de Azevedo, que tentava um segundo mandato, recebeu 11 votos. Nenhum dos candidatos estrangeiros, Xose Rosales Sequeiros e Peter Godman, recebeu votos, acrescentou fonte oficial da universidade.

No programa de acção candidatado, o agora reitor indicava como eixos essenciais do programa o "reforço e renovação do corpo docente, afirmar a universidade de investigação e a internacionalização como factor de sustentabilidade e promoção" da instituição.

Sousa Pereira é licenciado, mestre e doutor em Medicina pela Universidade do Porto e desenvolveu toda a carreira académica no ICBAS, onde obteve a agregação em Medicina em 2000, sendo quatro anos depois eleito pela primeira vez como director daquela escola.

Na candidatura, apresentou a intenção de tornar a universidade "como interveniente central no desenvolvimento regional e nacional", bem como a "promoção de elevados padrões éticos e de integridade académica" e a colocação "do estudante no centro do processo de ensino-aprendizagem e investigação".

Entre os "eixos de intervenção" da candidatura eram ainda apontados os Serviços Partilhados da Universidade do Porto como "ferramenta restrita do combate à burocracia e devotada a ganhos de eficiência", bem como o "reforço da coesão" da universidade, através "da valorização das autonomias das unidades orgânicas".

Sousa Pereira explicava, no documento, que a candidatura se tornou num "imperativo de cidadania", por ter dedicado "toda a vida académica" à Universidade do Porto. "Considero que um bom reitor tem de ser capaz de agregar vontades e pessoas, e de constituir e animar equipas, necessariamente diversas e nem sempre concordantes", descreveu. Segundo o novo reitor, tal é a "única forma" de essas equipas distintas serem "representativas do espírito universitário, onde a ausência de consenso não é sinónimo de conflitualidade".

A Comissão Eleitoral do Processo de Eleição do Reitor para o mandato 2018-20 deliberou a 19 de Março admitir quatro candidatos: António Manuel de Sousa Pereira, Peter Godman, Sebastião Cabral Feyo de Azevedo e Xose Rosales Sequeiros.

A Universidade do Porto conta este ano letivo com cerca de 30 mil estudantes, dos quais mais de 4000 são estrangeiros. Actualmente a instituição integra 14 faculdades, dispersas por três pólos.