Primeiro-ministro pede vitória tripla nos próximos actos eleitorais
Na apresentação da moção ao congresso, o líder do PS coloca alta a fasquia: “Ganhar uma, ganhar duas, ganhar três”, na corrida eleitoral do próximo ano. Até lá, diz, o essencial está feito.
António Costa parte para o 22º Congresso do PS com a certeza do dever cumprido, sem arriscar pedir maioria absoluta nas próximas eleições. “No essencial, aquilo que era a prioridade que tínhamos a fazer, hoje está feito”. E a prioridade, sublinhou, centrou-se em recuperar a credibilidade internacional do país junto dos mercados financeiros, no aumento do emprego, no crescimento económico e no aumento do salário mínimo.
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António Costa parte para o 22º Congresso do PS com a certeza do dever cumprido, sem arriscar pedir maioria absoluta nas próximas eleições. “No essencial, aquilo que era a prioridade que tínhamos a fazer, hoje está feito”. E a prioridade, sublinhou, centrou-se em recuperar a credibilidade internacional do país junto dos mercados financeiros, no aumento do emprego, no crescimento económico e no aumento do salário mínimo.
Na apresentação da moção que vai levar ao congresso, nesta sexta-feira, em Portimão, o líder do PS traçou o rumo: “Consolidar o que foi feito, mas continuar a fazer”. Os tempos que se avizinham, sublinhou, são três desafios importantes. “Temos um novo ciclo político que temos de preparar: eleições para o Parlamento Europeu, para a Assembleia da República e para Assembleia Legislativa Regional da Madeira”. E para estas eleições, a ambição é clara: “Ganhar uma, ganhar duas, ganhar três”.
No próximo Plano de Estabilidade, o Governo vai apresentar um ganho acrescido de poupança no valor de 74 milhões de euros, devido à redução dos juros com a dívida pública. A folga orçamental, adiantou, vai ser “integralmente investida” no SNS, na escola pública e transportes públicos. Mas quando se trata de apresentar os resultados do Governo, disse, o relevante é garantir que nada do que se conquista "será revertido" no futuro. "Isso significa continuarmos a andar para a frente, como temos feito até agora”. Nesse sentido, propõe aumentar as condições para o investimento e melhorar os serviços públicos. Com uma condição: “Não pôr em causa as finanças públicas saudáveis”.
A grande aposta está na “Geração 20/30”, sobre a qual gira a moção que vai apresentar ao congresso, lançando um olhar sobre o futuro. “Não basta dizer que temos hoje a geração mais qualificada que o país alguma vez teve, não vale a pena dizer que temos de fazer voltar aqueles que partiram”. O que o PS se propõe fazer em concreto, informou, será aprovado numa convenção a realizar em Junho, onde se apresentado o programa eleitoral do PS para as eleições de Outubro de 2019.
As alterações climáticas, a par da demografia em queda, a sociedade digital e as desigualdades, são os desafios que António Costa quer ver discutidos dentro do partido. “Enfrentar as alterações climáticas, é algo que é absolutamente essencial – esse é um desafio concreto para a nossa geração”. Sobre os problemas relacionados com o aumento das temperaturas, disse, a situação não se limita aos problemas dos incêndios ou da desertificação do território. A costa algarvia, por exemplo, sofre os efeitos do aumento do nível das águas do oceano. Para o aumento da população, condição que considera essencial para o equilíbrio das contas da segurança social, “é necessário combater a precaridade [no emprego], que é a maior ameaça aos jovens no seu futuro”.