Português baleado na cabeça nos atentados de Carcassonne teve alta
Renato Silva, de 26 anos, regressou a casa dos pais, após ter estado mais de um mês hospitalizado numa unidade de neurocirurgia.
O português baleado na cabeça nos atentados terroristas de Carcassonne e Trèbes, no Sul de França, em 23 de Março, teve alta nesta quinta-feira do centro hospitalar de Perpignan, disse à Lusa o vice-cônsul de Portugal em Toulouse.
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O português baleado na cabeça nos atentados terroristas de Carcassonne e Trèbes, no Sul de França, em 23 de Março, teve alta nesta quinta-feira do centro hospitalar de Perpignan, disse à Lusa o vice-cônsul de Portugal em Toulouse.
"O Renato regressou hoje a casa, segundo me transmitiu o pai, que enviou-me uma mensagem. É uma óptima notícia", referiu à agência Lusa o vice-cônsul, Paulo Santos.
Renato Silva, de 26 anos, regressou a casa dos pais, em Villemoustausson, a pouco mais de 100 quilómetros de Perpignan, após ter estado mais de um mês hospitalizado numa unidade de neurocirurgia, com uma bala alojada no cérebro.
O centro hospitalar de Perpignan deu alta a Renato Silva, apesar de o emigrante português apresentar ainda uma paralisia facial e de ainda não ter recuperado de surdez num ouvido.
O português, natural da região de Coimbra, há dois anos radicado em França, esteve em coma induzido, com prognóstico reservado, até 2 de Abril.
Os ataques terroristas, reivindicados pelo grupo jihadista Daesh, ocorreram em Carcassonne e Trèbes, no Sul de França, e provocaram cinco mortos, incluindo o atacante, Radouane Lakdim.
Os atentados fizeram ainda 15 feridos, tendo alguns sido transportados a unidades hospitalares em estado que merecia preocupação.
O português foi baleado por Radouane Lakdim quando estava no seu carro em Carcassonne, tendo o passageiro que se encontrava com ele morrido na sequência dos tiros do atacante, que roubou a viatura e disparou sobre militares a caminho do supermercado onde viria a fazer uma tomada de reféns.
No supermercado em Trèbes, o atacante, de 25 anos, acabou abatido a tiro pelas forças policiais, depois de ter feito reféns, dois dos quais morreram no local.
O tenente-coronel Arnaud Beltrame, de 44 anos, que se propôs tomar o lugar de uma mulher e foi gravemente ferido a tiro e esfaqueado pelo atacante, sucumbiu aos ferimentos dias depois, elevando para cinco o número de mortos.