Resíduos perigosos de São Pedro da Cova retirados até 2019

A empreitada para a retirada das restantes 125 toneladas de resíduos industriais perigosos nas escombreiras das minas de carvão já foi adjudicada por 13 milhões de euros, a qual será financiada na totalidade pelo Fundo Ambiental.

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Escombreiras das antigas minas de carvao de Sao Pedro da Cova, onde foram depositados resíduos perigosos vindos da Siderurgia Nacional em 2001 Adriano Miranda

A retirada da totalidade dos resíduos industriais perigosos nas escombreiras das minas de carvão de São Pedro da Cova, em Gondomar, arranca este ano e termina em 2019, anunciou nesta terça-feira o ministro do Ambiente, acrescentando que a empreitada foi adjudicada por 13 milhões de euros.

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A retirada da totalidade dos resíduos industriais perigosos nas escombreiras das minas de carvão de São Pedro da Cova, em Gondomar, arranca este ano e termina em 2019, anunciou nesta terça-feira o ministro do Ambiente, acrescentando que a empreitada foi adjudicada por 13 milhões de euros.

João Pedro Matos Fernandes está a ser ouvido na comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, no âmbito de uma audição regimental.

Questionado pela deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), sobre o ponto de situação relativo a este processo, o ministro explicou que a empreitada para a retirada das restantes 125 toneladas já foi adjudicada por 13 milhões de euros, a qual será financiada na totalidade pelo Fundo Ambiental.

João Matos Fernandes disse que a retirada dos resíduos perigosos arranca durante este ano e estará concluída no decorrer do próximo ano.

Em causa está uma situação que remonta a 2001/2002 quando toneladas de resíduos industriais perigosos provenientes da Siderurgia Nacional, que laborou entre 1976 e 1996, na Maia, distrito do Porto, foram depositadas em São Pedro da Cova.

Entre outubro de 2014 e maio de 2015 foram retiradas 105.600 toneladas, mas, entretanto, foi revelado que existem mais resíduos, tendo sido anunciado no local, a 24 de março do ano passado pelo ministro do Ambiente, que o concurso público com vista à remoção total das 125 mil toneladas que restam seria lançado em julho e a empreitada levada a cabo em 2018.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte revelou anteriormente que o concurso público internacional para a segunda fase da remoção dos resíduos acolheu sete propostas.

Em Dezembro do ano passado, o PCP pediu que o Governo acelerasse o concurso para retirada da totalidade dos resíduos industriais perigosos de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar.

"É preciso acelerar o concurso para a total remoção dos resíduos. Vamos questionar o Governo nesse sentido e exigir a garantia de que são todos retirados. Também há uma necessidade imperiosa de monitorização da água. Têm sido feitas análises, mas a população não tem tido conhecimento dos resultados", disse na ocasião à agência Lusa o deputado comunista Jorge Machado, durante uma visita ao local.