Professores avançam com iniciativa legislativa de cidadãos para contagem do tempo de serviço
Os professores reclamam a contagem de nove anos e quatro meses de serviço e rejeitam que o processo se faça faseadamente ao longo dos próximos anos.
Um grupo de professores juntou-se para apresentar ao Parlamento uma iniciativa legislativa destinada à contagem imediata de todo o tempo de serviço dos professores, que reuniu, até ao momento, 4000 das 20.000 assinaturas necessárias.
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Um grupo de professores juntou-se para apresentar ao Parlamento uma iniciativa legislativa destinada à contagem imediata de todo o tempo de serviço dos professores, que reuniu, até ao momento, 4000 das 20.000 assinaturas necessárias.
A iniciativa foi lançada na terça-feira (17 de Abril), no âmbito das reivindicações relacionadas com o descongelamento das carreiras da administração pública, disse nesta terça-feira à agência Lusa Luís Braga, professor e um dos promotores, frisando tratar-se de uma ação apartidária.
Qualquer cidadão pode assinar. O registo é feito directamente na página eletrónica do Parlamento.
Os professores reclamam a contagem de nove anos e quatro meses de serviço e rejeitam que o processo se faça faseadamente ao longo dos próximos anos, conforme foi proposto nas negociações entre o Governo e os sindicatos do setor.
"Vai ser num instantinho"
"Está a crescer a um ritmo de uma assinatura a cada minuto ou dois minutos. Vai ser num instantinho", afirmou Luís Braga, queixando-se das interrupções de serviço verificadas na plataforma da Assembleia da República.
"Os nove anos e quatro meses têm de ser contados depressa porque já foram trabalhados. Quando existem propostas para se contarem até 2023, isso significa que vamos perder mais cinco anos", sublinhou.
A iniciativa legislativa de cidadãos está prevista na lei e permite a grupos de cidadãos eleitores apresentarem projetos de lei e participarem no procedimento legislativo que desencadearem.
"Somos os primeiros a usar esta plataforma, desde que a lei foi alterada" no que diz respeito ao número de assinaturas necessário, acrescentou o professor.
AH // HB
Lusa/fim