Novo single de Ariana Grande recorda a tragédia de Manchester

Jovem cantora norte-americana mostra primeira canção original depois do ataque terrorista de 22 de Maio de 2017. E é uma homenagem a Manchester e à capacidade de resistir, combatendo o ódio e o medo.

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Ariana Grande tem 24 anos Brendan McDermid/REUTERS

A cantora Ariana Grande está de regresso com nova música, a primeira depois do ataque terrorista que a 22 de Maio de 2017 matou 22 pessoas junto à Manchester Arena, onde acabara de dar um concerto. Não é de estranhar, por isso, que No tears left to cry tenha ecos dessa noite trágica que marcará para sempre aquela cidade industrial do noroeste de Inglaterra.

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A cantora Ariana Grande está de regresso com nova música, a primeira depois do ataque terrorista que a 22 de Maio de 2017 matou 22 pessoas junto à Manchester Arena, onde acabara de dar um concerto. Não é de estranhar, por isso, que No tears left to cry tenha ecos dessa noite trágica que marcará para sempre aquela cidade industrial do noroeste de Inglaterra.

A letra deste novo tema cujo título podemos traduzir por ‘sem lágrimas para chorar’ evoca o ataque, mas carrega também uma mensagem de optimismo e de confiança no futuro baseada na capacidade de resistir ao medo e ao ódio, “even when it’s raining down”. Uma mensagem, aliás, que tinha estado já presente no concerto de beneficência One Love, duas semanas depois do atentado bombista.

Ain’t got no tears to cry”, canta a intérprete norte-americana de 24 anos, “so I’m loving, I’m living, I’m picking it up”.

No vídeo deste novo tema, que vira o mundo de pernas para o ar e a põe a caminhar por tectos e paredes, Grande homenageia Manchester, nota a BBC, colocando uma abelha, símbolo da cidade, a voar em direcção à câmara na imagem final.

Segundo o agente da cantora, Scooter Braun, Grande ficou natural e emocionalmente afectada com a tragédia, tendo-se recusado durante muito tempo a regressar ao estúdio para gravar novas canções. Terminar a digressão em que estava integrado o concerto na Manchester Arena, aliás, foi um esforço enorme, admitiria mais tarde a intérprete, que procurou refúgio junto da família e dos amigos.

Só no final do ano passado começou a trabalhar no novo álbum, cujo título e data de lançamento não foram ainda anunciados (tudo indica, pelo que tem publicado nas redes sociais, que o disco que se seguirá a Dangerous  Woman  poderá vir a chamar-se Honeymoon Ave).

A letra de No tears left to cry parece não deixar dúvidas de que Ariana Grande está decidida a recuperar dos efeitos que nela teve a tragédia de Manchester. “Right now, I’m in a state of mind/I wanna be in, like, all the time/Ain’t got no tears left to cry/So I’m pickin’it up, pickin’it up […]”, canta, desafiando os fãs a acompanharem-na neste “renascimento”: “Oh, I just want you to come with me/We on another mentality/ Ain’t got no tears left to cry”.