Vítor Gomes coloca Desp. Aves no Jamor

Médio marcou dois golos no prolongamento, evitando que o Caldas levasse a decisão para os penáltis.

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MIGUEL A. LOPES/LUSA

O Desp. Aves garantiu esta quarta-feira presença histórica na final da Taça de Portugal, ao eliminar o Caldas com uma vitória por 1-2 (1-3 na eliminatória), consumada apenas no prolongamento, após um jogo de muita incerteza no Estádio da Mata, nas Caldas da Rainha.

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O Desp. Aves garantiu esta quarta-feira presença histórica na final da Taça de Portugal, ao eliminar o Caldas com uma vitória por 1-2 (1-3 na eliminatória), consumada apenas no prolongamento, após um jogo de muita incerteza no Estádio da Mata, nas Caldas da Rainha.

Vítor Gomes marcou aos 97 e aos 107 minutos os golos que qualificaram os avenses para o Jamor, resolvendo um problema criado pelo autogolo de Jorge Fillipe (56’), a dar alento ao Caldas, que já eliminara Arouca e Académica, nos penáltis, e Farense, no prolongamento.

Com um golo de vantagem na eliminatória, fruto de uma vitória por 1-0 no encontro da primeira mão, na Vila das Aves, a equipa da I Liga permitiu que o adversário se organizasse, na esperança de que isso o desgastasse física e psicologicamente.

Inicialmente, o Caldas desconfiou e enquanto não dominou os nervos cometeu alguns erros que um Desp. Aves menos calculista poderia ter explorado. A partir daí, viu-se de novo a irreverência do Caldas, mais combativo do que esclarecido.

Mesmo sem criarem perigo, os locais causaram problemas e constrangimentos que só não afectaram verdadeiramente os avenses porque a equipa de José Mota estava decidida a gerir até ao limite a vantagem conquistada na primeira mão.

Exceptuando um par de finalizações de Alexandre Guedes, de cabeça, o Desp. Aves arriscava apenas o necessário. O jogo sofria com essa postura, pois o Caldas não tinha capacidade para chegar à zona de remate em condições de perturbar Quim, que não foi chamado a fazer uma defesa. O Desp. Aves adiava a sentença, mesmo correndo o risco de sofrer um golo e ter que refazer toda a estratégia, o que acabaria por lhe trazer dissabores.

A segunda parte confirmaria os piores temores avenses, com Jorge Fillipe a marcar na própria baliza, forçando o Desp. Aves a mudar abruptamente a velocidade de jogo. Com Braga a entrar para organizar as ideias dos visitantes, surgiu o lance que poderia ter evitado o prolongamento. Mas Elhouni, ainda a frio, desperdiçou a melhor oportunidade de todo o encontro de forma escandalosa. 

Mas o Caldas precisava de novo golpe de sorte (de manter a baliza inviolada) para chegar aos penáltis. Aliás, o prolongamento poderia ter sido desfeito por Carlos Ponck (90’+4’), mas o guarda-redes do Caldas obrigou o Desp. Aves a mais 30 minutos de incerteza.

E só não foi meia-hora de amargura porque Vítor Gomes, ainda na primeira parte do prolongamento, decidiu tudo com um golo que aniquilou o sonho da equipa do terceiro escalão nacional, confirmando já na segunda metade o apuramento, com um bis que entra directamente para a história do Desp. Aves.