Supremo declara Aécio Neves réu por corrupção e obstrução de justiça
Ex-candidato presidencial terá recebido meio milhão de euros do dono da maior empresa de carnes do Brasil. É ainda suspeito de interferir na investigação do caso Lava-Jato.
O antigo candidato presidencial brasileiro e ex-presidente da Câmara dos Deputados Aécio Neves foi esta terça-feira formalmente declarado réu num processo de corrupção passiva e obstrução de justiça pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão dos juízes do Supremo foi unânime relativamente à acusação de corrupção passiva e maioritária relativamente à obstrução de justiça.
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O antigo candidato presidencial brasileiro e ex-presidente da Câmara dos Deputados Aécio Neves foi esta terça-feira formalmente declarado réu num processo de corrupção passiva e obstrução de justiça pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão dos juízes do Supremo foi unânime relativamente à acusação de corrupção passiva e maioritária relativamente à obstrução de justiça.
O ex-senador do PSDB por Minas Gerais, entretanto destituído, tinha sido declarado suspeito, em Junho de 2017 pela Procuradoria-Geral da República, do recebimento de cerca de meio milhão de euros (dois milhões de reais) do dono da JBS, a maior empresa de carnes do Brasil, e de interferências no sentido de travar a investigação ao caso Lava-Jato.
A irmã de Aécio, Andrea Neves, um assessor e um primo do político foram já detidos no âmbito do mesmo processo. Aécio, um dos protagonistas do processo político que levou ao impeachment de Dilma Rousseff, diz-se vítima de uma cabala.
Após a decisão desta terça-feira, o STF abre agora a fase de instrução do processo, com a inquirição de testemunhas e avaliação de provas.