Justiça brasileira congela bens do ex-Presidente Lula da Silva

“Nem o Instituto Lula nem Paulo Okamotto (presidente do instituto) têm 30 milhões de reais”, afirmou, em comunicado, a organização.

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Sebastiao Moreira/EPA

Um tribunal de São Paulo ordenou o congelamento dos bens de Lula da Silva, do Instituto Lula e da empresa LILS para para garantir o pagamento de uma multa de 30 milhões de reais (7,1 milhões de euros), confirmou nesta quarta-feira o advogado de defesa do ex-Presidente brasileiro.

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Um tribunal de São Paulo ordenou o congelamento dos bens de Lula da Silva, do Instituto Lula e da empresa LILS para para garantir o pagamento de uma multa de 30 milhões de reais (7,1 milhões de euros), confirmou nesta quarta-feira o advogado de defesa do ex-Presidente brasileiro.

Em comunicado, a defesa de Lula da Silva disse que a investigação à Operação Lava-Jato quer retirar ao ex-Presidente “qualquer possibilidade de defesa, privando-o de seus bens e recursos para garantir um débito fiscal que ainda está sendo discutido na esfera administrativa”. Segundo o advogado de Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, “o ex-Presidente não tem os valores indicados no documento e a decisão do bloqueio foi contestada pelo recurso“. “Nem o Instituto Lula nem Paulo Okamotto [presidente do instituto] têm 30 milhões de reais”, afirmou, em comunicado, aquela organização liderada pelo ex-Presidente.

Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, está preso desde sábado na sede da Polícia Federal de Curitiba, onde começou a cumprir uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e branqueamento de capitais.

A Justiça brasileira já o condenou em duas instâncias num dos processos da Operação Lava-Jato em que foi acusado de receber um apartamento de luxo para favorecer contratos da construtora OAS com a estatal petrolífera brasileira Petrobras.

A defesa de Lula, pelo seu lado, considera que a condenação não tem “base legal” e que a prisão vai contra a “presunção de inocência garantida na Constituição”.

Desde a sua detenção, Lula só recebeu a visita dos seus advogados e o tribunal proibiu a visita de nove governadores de estado, três senadores e um líder do Partido dos Trabalhadores (PT).