Hecatombe do Barcelona em Roma. City ficou-se pela ameaça
Após venceram por 4-1 no Camp Nou, os catalães foram batidos em Roma, por 3-0, e pela terceira época consecutiva caíram nos “quartos”da Liga dos Campeões. Em Inglaterra, Klopp voltou a ganhar a Guardiola.
Pela terceira época consecutiva, o Barcelona caiu nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Com uma confortável vantagem de três golos conseguida há uma semana no Camp Nou (4-1), os catalães pareciam ter o apuramento garantido, mas, com uma reviravolta história no Estádio Olímpico, a AS Roma impôs a segunda derrota da época aos “blaugrana” (3-0), alcançando a proeza de garantir, 34 anos depois, um lugar entre as quatro melhores equipas da prova. No outro jogo dos “quartos” disputado nesta terça-feira, o Manchester City ainda ameaçou dar a volta ao Liverpool, mas a classe de Mohamed Salah e Roberto Firmino desequilibrou mais um duelo entre Pep Guardiola e Jürgen Klopp a favor do treinador alemão (1-2).
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Pela terceira época consecutiva, o Barcelona caiu nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Com uma confortável vantagem de três golos conseguida há uma semana no Camp Nou (4-1), os catalães pareciam ter o apuramento garantido, mas, com uma reviravolta história no Estádio Olímpico, a AS Roma impôs a segunda derrota da época aos “blaugrana” (3-0), alcançando a proeza de garantir, 34 anos depois, um lugar entre as quatro melhores equipas da prova. No outro jogo dos “quartos” disputado nesta terça-feira, o Manchester City ainda ameaçou dar a volta ao Liverpool, mas a classe de Mohamed Salah e Roberto Firmino desequilibrou mais um duelo entre Pep Guardiola e Jürgen Klopp a favor do treinador alemão (1-2).
Com exactamente o mesmo “onze” que há uma semana tinha vencido de forma clara os romanos na Catalunha, parecia que apenas uma hecatombe podia impedir o Barcelona de regressar, três épocas depois, às meias-finais da Liga dos Campeões, mas a equipa de Ernesto Valverde eclipsou-se em Roma. O treinador do Barcelona tinha afirmado na antevisão da partida que o resultado da primeira mão “era bom”, mas que a sua equipa teria “que entrar como se estivesse 0-0”. Porém, do lado espanhol pareceu haver desde o apito inicial alguma soberba.
Logo no sexto minuto, um passe longo colocou Dzeko na cara de Ter Stegen e o bósnio, com um toque subtil, desviou a bola do guarda-redes alemão e deu vantagem aos romanos. O Barcelona não reagiu ao golpe. Com Messi demasiado discreto, os catalães começaram a mostrar fraquezas, fizeram os italianos acreditar, e, na segunda parte, a AS Roma conseguiu a “remontada” e a redenção para De Rossi e Manolas: o médio italiano e o defesa central grego, que tinham marcado na própria baliza os dois primeiros golos do Barcelona há uma semana, marcaram aos 58’ e 82’, selando o histórico apuramento “giallorosso”.
No Etihad Stadium, a noite também correu muito mal para outro catalão. Após um trajecto imperial até o final de Março, Abril está a ser um pesadelo para Pep Guardiola. Há uma semana, em Anfield Road, o City sofreu uma pesada derrota (3-0) na primeira mão da “Champions” e, no fim-de-semana, o United venceu o derby de Manchester (3-2), impedindo que os “citizens” fizessem a festa do título inglês. Porém, quando um erro do holandês Virgil Van Dijk abriu caminho para um golo de Gabriel Jesus, ainda antes de se cumprirem os primeiros 120 segundos, muitos adeptos do City terão acreditado na possibilidade de se repetir o resultado entre as duas equipas no Etihad Stadium para a Premier League: 5-0 para a formação de Manchester. O golo madrugador, no entanto, não abalou a estratégia de Jürgen Klopp.
Perante um City que arriscou tudo – Guardiola jogou com apenas três defesas –, o Liverpool soube ser paciente e, com alguma sorte à mistura, segurou a curta desvantagem de um golo até ao intervalo, altura em que Guardiola protestou de forma veemente com o árbitro da partida, o também espanhol Mateu Lahoz. O técnico do City, que contestava a não marcação de uma grande penalidade e um golo anulado a Sané, acabou expulso. E, com Guardiola na bancada, o Liverpool socorreu-se da sua arma preferida: o contra-ataque. Perante um rival exposto, Firmino, Sané e Salah encontram o espaço que precisavam para provocar estragos. Aos 56’, Salah voltou a mostrar toda a sua qualidade e com enorme frieza bateu Ederson, fazendo o seu oitavo golo na prova. O City, que passava a precisar de quatro golos, acusou o toque e o acabou por ir ao tapete no minuto 77, quando Firmino acabou com as dúvidas, fazendo o 1-2 final.