Sete em cada 100 residentes estrangeiros adquiriram nacionalidade portuguesa em 2016

Taxa registada em Portugal é a terceira maior da União Europeia, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Eurostat.

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Rui Gaudêncio

Em 2016, Portugal concedeu nacionalidade a 25.104 pessoas. Os cidadãos de origem brasileira (7804), cabo-verdiana (3607) e ucraniana (3240) estavam no topo da lista. Nesse ano, cerca de sete em cada 100 cidadãos estrangeiros residentes no país adquiriram nacionalidade portuguesa, revelam dados apresentados pelo Eurostat esta segunda-feira.

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Em 2016, Portugal concedeu nacionalidade a 25.104 pessoas. Os cidadãos de origem brasileira (7804), cabo-verdiana (3607) e ucraniana (3240) estavam no topo da lista. Nesse ano, cerca de sete em cada 100 cidadãos estrangeiros residentes no país adquiriram nacionalidade portuguesa, revelam dados apresentados pelo Eurostat esta segunda-feira.

Portugal é o terceiro país da União Europeia (UE) onde a taxa de naturalização — relação entre o número de pessoas que adquiriram nacionalidade durante um ano e o total de estrangeiros residentes no início desse ano — é mais elevada. Acima, só a Croácia (9,7%) e a Suécia (7,9%). Os países com menor taxa são a Letónia e a Áustria (0,7%).

O número de cidadãos estrangeiros que adquiriu nacionalidade portuguesa aumentou 23% em relação a 2015 e não era tão elevado desde, pelo menos, 2009. A maioria é oriunda de países exteriores à União Europeia.

Mais de metade dos estrangeiros que se naturalizaram portugueses em 2016 tinham entre os 25 e os 44 anos. As mulheres (53%) estavam em maioria em relação aos homens (47%). 

Nesse ano, 995 mil pessoas receberam nacionalidade de algum Estado-membro. Dessas, 12% vinham de outros países da União Europeia. Os outros 88% vinham de fora da UE. Em termos absolutos, foi a Itália que naturalizou mais residentes estrangeiros (201.591) e a Lituânia menos (176).

A naturalização de cidadãos estrangeiros aumentou em quase todos os países da UE entre 2015 e 2016. Só diminuiu na Polónia (7%), na Irlanda (26%) e na Lituânia (4%). 

Os marroquinos (101.300) foram os que mais adquiriram a nacionalidade do país da UE onde residiam em 2016 (sobretudo Espanha, Itália e França), seguidos pelos cidadãos da Albânia (67.500) e da Índia (41.700).