Sindicatos reúnem-se em Lisboa para discutir greve europeia na Ryanair
Os sindicatos europeus dos tripulantes de cabine da Ryanair vão reunir-se no próximo dia 24 em Lisboa para discutir uma greve conjunta, que poderá ser em Maio, se a transportadora aérea não mudar a sua postura, segundo o SNPVAC.
Em declarações à agência Lusa, Bruno Fialho, da direcção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), garantiu que “caso a Ryanair continue com esta postura, não haverá outra solução que não seja uma greve a nível europeu” e, face aos prazos legais para a greve de cada país, uma data para a eventual paralisação “tem de sair da reunião”.
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Em declarações à agência Lusa, Bruno Fialho, da direcção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), garantiu que “caso a Ryanair continue com esta postura, não haverá outra solução que não seja uma greve a nível europeu” e, face aos prazos legais para a greve de cada país, uma data para a eventual paralisação “tem de sair da reunião”.
“Mas a acontecer, será em Maio”, afirmou o dirigente sindical à Lusa, informando que o convite para os sindicatos congéneres foi enviado na sexta-feira.
Sobre cartas que estão a ser enviadas pela transportadora irlandesa de baixo custo a tripulantes para reuniões em Dublin, o dirigente sindical garantiu que a Ryanair está a “tentar precaver-se da possível greve europeia”.
Bruno Fialho considerou “não haver qualquer fundamento jurídico” para o envio de cartas, cuja convocatória refere “alegada violação da política da empresa de social media”.
Para o SNPVAC em causa está a greve de três dias não consecutivos no período da Páscoa dos tripulantes com base em Portugal.
Desde o início da paralisação de três dias não consecutivos que o SNPVAC denunciou que a Ryanair contactou tripulantes na Europa para a substituição dos grevistas, violando a lei portuguesa, chegando inclusivamente a fazer ameaças de despedimento.
A transportadora aérea Ryanair informou publicamente que iria usar “aeronaves e tripulantes” de fora do país “se necessário” para cumprir a operação durante a greve dos tripulantes de cabine com base em Portugal.
Os trabalhadores da transportadora exigem que a companhia aérea de baixo custo irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e a retirada de processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo abaixo das metas da empresa.
As comissões parlamentares de Trabalho e de Economia aprovaram a audição no parlamento de representantes da administração da Ryanair, várias associações de aviação e a fiscalização do trabalho sobre esta greve.