Mais hospitais privados do que públicos pela primeira vez em 2016
Pela primeira vez, o número de hospitais privados superou o de hospitais públicos ou em parcerias público-privadas. Ainda assim, 68% das camas para internamento imediato de doentes estão no serviço público.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2016 existiam 114 hospitais privados e 111 hospitais públicos ou em parcerias público-privadas (PPP). "Pela primeira vez" o número de privados superou o de públicos, refere o INE explicando ainda que o peso do sector privado tem tido um "forte crescimento" na última década. Em 2006 tinham 9074 camas, dez anos depois 11.281.
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Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2016 existiam 114 hospitais privados e 111 hospitais públicos ou em parcerias público-privadas (PPP). "Pela primeira vez" o número de privados superou o de públicos, refere o INE explicando ainda que o peso do sector privado tem tido um "forte crescimento" na última década. Em 2006 tinham 9074 camas, dez anos depois 11.281.
Por ocasião do Dia Mundial da Saúde, que se celebra a 7 de Abril, o INE publicou dados sobre a saúde em Portugal relativos ao período entre 2006 e 2016. Apesar do aumento de hospitais privados, continuam a ser os públicos que disponibilizam o maior número de camas para internamento imediato de doentes. Das 35.337 que existem no país, 68,1% estão no serviço público.
O INE assinala ainda que entre 2006 e 2016, os hospitais públicos perderam 3475 camas e os privados ganharam 2207.
Quanto aos atendimentos em urgência e internamentos, os hospitais públicos também dominam, mas há um decréscimo no número de serviços prestados entre 2006 e 2016, enquanto no privado se regista um aumento.
O número de consultas médicas aumentou tanto no público como no privado. Assim como as cirurgias realizadas.
Mais médicos e enfermeiros
"Em 2016, estavam inscritos na Ordem dos Médicos 50.239 médicos, tendo-se registado um aumento de 3,6% em relação a 2015", destaca o INE. O aumento, nota o instituto, está em linha com "a tendência de crescimento da série". Mais 13,3% entre 2006 e 2016 e mais 21,9% entre 1991 e 2016.
"Em 2016 o número de médicos por mil habitantes foi de 4,9 (3,5 em 2006 e 2,8 em 1991). Os dados disponíveis permitem concluir que a disponibilidade de médicos por habitante é bastante maior em Portugal do que na União Europeia, sendo que em 2015 existiam 4,7 médicos por mil habitantes em Portugal e 3,5 médicos por mil habitantes na UE 28", avança o INE.
Quanto ao número de enfermeiros a tendência é semelhante. Segundo o INE, "em 2016, estavam registados na Ordem dos Enfermeiros 69.486 profissionais, mais 2,6% que no ano anterior". Além disso, "o número de enfermeiros registados em 2016 não só confirma a tendência de aumento contínuo destes profissionais (eram 50.955 em 2006), como a maior intensidade no caso das mulheres (mais 37,6% face a 2006) do que no dos homens (31% em relação a 2006). O rácio de enfermeiros por mil habitantes aumentou de 4,8 em 2006 para 6,7 em 2016".