EUA anunciam novo pacote de sanções a empresas e oligarcas russos
Casa Branca diz que decisão está relacionada com a “actividade maligna” levada a cabo pela Rússia “em todo o mundo”, incluindo a interferência nas eleições norte-americanas.
Os Estados Unidos aprovaram um novo pacote de sanções económicas direccionado a empresas, empresários e funcionários governamentais russos. A medida foi anunciada esta sexta-feira pelo Departamento do Tesouro e justificada com a “actividade maligna em todo o mundo” protagonizada pelo Governo da Federação Rússia.
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Os Estados Unidos aprovaram um novo pacote de sanções económicas direccionado a empresas, empresários e funcionários governamentais russos. A medida foi anunciada esta sexta-feira pelo Departamento do Tesouro e justificada com a “actividade maligna em todo o mundo” protagonizada pelo Governo da Federação Rússia.
“O Governo russo está envolvido numa vasta actividade maligna em todo o mundo, incluindo a manutenção da ocupação da Crimeia e a instigação da violência no Leste da Ucrânia; o fornecimento de material e de armamento ao regime de Assad enquanto bombardeia os próprios civis; a tentativa de subverter as democracias ocidentais; e a execução de actividades cibernéticas maliciosas”, elencou o secretário do Tesouro Steve Mnuchin, num comunicado citado pela Reuters.
As sanções apontam a sete oligarcas, 12 empresas por eles dirigidas e 17 elementos ligados ao Kremlin. Entre os visados encontram-se Oleg Deripaska – um oligarca próximo do ex-director de campanha de Donald Trump, Paul Manafort –, Vladimir Bogdanov e Igor Rotenberg – dois responsáveis de topo em companhia petrolíferas russas – Kirill Shamalov – casado com uma filha de Putin e ligado a uma empresa energética –, Viktor Vekselberg – director de uma empresa de investimento – e Andrei Skoch – deputado no Parlamento russo.
O New York Times revela que estes alvos do novo pacote são indivíduos muito próximos de Vladimir Putin – rotula-os mesmo de qualquer coisa como “amigalhaços” do Presidente russo – e escreve que as sanções são a mais recente tentativa da Casa Branca punir o seu círculo próximo pela interferência nas eleições norte-americanas de 2016.
De acordo com agência Interfax, o responsável pelo comité de assuntos externos da câmara alta do Parlamento russo Konstantin Kosachev catalogou as sanções como “infundadas e hostis”, ao passo que o ministro da Indústria e do Comércio Denis Manturov garantiu que o Kremlin fornecerá apoio suplementar às empresas prejudicadas pela medida.