Carlos Alvarado vence segunda volta das presidenciais
Candidato de centro-esquerda obteve aproximadamente 60,7% dos votos.
O candidato de centro-esquerda Carlos Alvarado, de 38 anos, que prometia defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo e garantir a reputação de tolerante do país, venceu a segunda volta das eleições presidenciais de domingo na Costa Rica.
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O candidato de centro-esquerda Carlos Alvarado, de 38 anos, que prometia defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo e garantir a reputação de tolerante do país, venceu a segunda volta das eleições presidenciais de domingo na Costa Rica.
Com mais de 95% dos votos já contados, Carlos Alvarado, ex-ministro do Trabalho, de 38 anos, estava com 60,7%, bem na frente do pastor evangélico Fabricio Alvarado (sem parentesco), que ia com 39,3%.
"Esta eleição permitiu que o país se visse ao espelho. Nesse espelho vimos um país diverso, com diferentes pontos de vista, com desigualdades que devemos combater para criar mais oportunidades em algumas partes do país. A nossa tarefa deve ser a de unir o país", disse Carlos Alvarado à multidão de apoiantes, durante o discurso de vitória.
O candidato conservador, líder do Partido de Restauração Nacional, reconheceu a derrota e deu os parabéns ao opositor. “Não vencemos as eleições, mas podemos aceitar este resultado com a cabeça levantada”, afirmou Fabricio Alvarado.
As eleições foram marcadas pelos temas do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da religião.
O candidato conservador era fortemente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e durante a campanha eleitoral anunciou que retiraria a Costa Rica do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos se viesse a ser eleito.
Na primeira volta, realizada em Fevereiro, o pastor evangélico Fabricio Alvarado foi o candidato mais votado, mas não atingiu os 40% dos votos exigidos pela lei eleitoral, o que levou à realização de uma segunda volta.
A Costa Rica é considerada um dos países mais progressistas da América Central, com uma taxa de alfabetização de 97,5% e um investimento de mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, segundo a Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultural (UNESCO).
O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU em 2016 colocou o país na 66.ª posição mundial e no terceiro lugar na América Latina.