Escândalo não alterou utilização das redes sociais nos EUA
O Facebook continua a ser a plataforma mais popular para os utilizadores norte-americanos, que admitem não ter adoptado medidas de segurança à luz das últimas notícias sobre uso indevido de dados pessoais.
Depois da revelação que os dados de mais de 50 milhões de utilizadores do Facebook foram usados indevidamente pela empresa Cambridge Analytica para auxiliar a campanha de Donald Trump nas norte-americanas, terão os utilizadores das redes tomado medidas proteger a sua privacidade na Internet? Uma sondagem conduzida pela Ipsos para a agência Reuters junto de 2237 adultos norte-americanos concluiu que não — os (maus) hábitos mantêm-se inalterados.
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Depois da revelação que os dados de mais de 50 milhões de utilizadores do Facebook foram usados indevidamente pela empresa Cambridge Analytica para auxiliar a campanha de Donald Trump nas norte-americanas, terão os utilizadores das redes tomado medidas proteger a sua privacidade na Internet? Uma sondagem conduzida pela Ipsos para a agência Reuters junto de 2237 adultos norte-americanos concluiu que não — os (maus) hábitos mantêm-se inalterados.
O inquérito, conduzido entre 21 e 23 de Março, poucos dias depois de ter rebentado o escândalo, concluiu que 86% dos norte-americanos não alterou as suas credenciais de acesso (nome de utilizador e palavra-passe) ao Facebook, Twitter e outras plataformas. A maioria (78%) também afirma que não usa o “modo privado” do browser, que não guarda o histórico de pesquisas nem a informação inserida em formulários, e que evita que o Facebook construa um registo dos hábitos do utilizador fora da rede. E 96% afirma que não trocou as redes sociais mais populares por aplicações encriptadas, tidas como mais seguras, como é o caso do Whatsapp e do Signal.
De acordo com a Reuters, o Facebook continua a ser, de longe, a rede social mais popular nos EUA e mais de metade dos adultos dizem aceder à plataforma várias vezes ao longo do dia.
Do total de inquiridos que responderam não usar o Facebook, 30% diz não o fazer por não achar interessante ou útil. Apenas 16% evitam aquela rede social por razões de privacidade e 4% por temer que a sua conta seja roubada.