Facebook impede anunciantes de usar empresas de marketing para cruzar dados
Vai deixar de ser possível poder associar os utilizadores a informação sobre o comportamento das pessoas offline.
O Facebook anunciou que vai eliminar todas as parcerias que tem com empresas de consultoria de dados nos próximos seis meses. Isto quer dizer que quem cria anúncios e campanhas na rede social já não vai poder cruzar a informação disponível no Facebook (por exemplo, o nome de utilizador e número de telemóvel de alguém) com dados recolhidos por empresas de marketing especializadas sobre o comportamento das pessoas offline (por exemplo, o histórico de compras ou a propriedade de habitação).
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O Facebook anunciou que vai eliminar todas as parcerias que tem com empresas de consultoria de dados nos próximos seis meses. Isto quer dizer que quem cria anúncios e campanhas na rede social já não vai poder cruzar a informação disponível no Facebook (por exemplo, o nome de utilizador e número de telemóvel de alguém) com dados recolhidos por empresas de marketing especializadas sobre o comportamento das pessoas offline (por exemplo, o histórico de compras ou a propriedade de habitação).
“Embora fazer isto seja uma prática comum, acreditamos que esta decisão, que vai entrar em vigor ao longo dos próximos seis meses, vai ajudar a melhorar a privacidade das pessoas no Facebook”, justifica a rede social breve comunicado publicado esta quarta-feira na rede social. É o fim da funcionalidade conhecida como "Categorias para Parceiros", que existe desde 2013 e engloba empresas como a Acxiom, a Oracle Data Cloud e a Experian PLC.
A decisão do Facebook surge na consequência do escândalo da Cambridge Analytica, uma consultora de dados que utilizou informação de mais de 50 milhões de utilizadores, sem autorização, para criar várias campanhas políticas.
Aquele é um negócio rentável. No ano passado a Acxiom, que se descreve como uma empresa que dá aos seus clientes "o poder de gerir audiências e criar relações lucrativas” reportou receitas no valor de 800 milhões de dólares. A empresa acredita que a mudança vai levar a sua empresa a perder perto de 25 milhões de dólares (20 milhões de euros), no ano fiscal de 2019.
Agora, os anunciantes no Facebook passam a ter de usar as ferramentas da própria rede, e a informação que eles próprios tenham sobre os clientes, como, por exemplo, inquéritos preenchidos em loja.