Divulgada imagem da estação espacial chinesa em queda
Imagens obtidas a partir da Alemanha quando a Tiangong-1 se encontrava a 270 quilómetros de altitude. Deve reentrar na atmosfera terrestre entre 31 de Março e as primeiras horas da manhã de 2 de Abril.
A estação espacial chinesa Tiangong-1 está no fim da vida e nos próximos dias vai reentrar na atmosfera terrestre para selar o seu destino e “morrer” na Terra. A maior parte da estrutura deverá arder neste voo de regresso ao planeta de onde saiu. A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou na quinta-feira imagens da Tiangong-1 quando se encontrava a 270 quilómetros de altitude.
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A estação espacial chinesa Tiangong-1 está no fim da vida e nos próximos dias vai reentrar na atmosfera terrestre para selar o seu destino e “morrer” na Terra. A maior parte da estrutura deverá arder neste voo de regresso ao planeta de onde saiu. A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou na quinta-feira imagens da Tiangong-1 quando se encontrava a 270 quilómetros de altitude.
A última viagem da estação está a ser monitorizada pelo Departamento de Detritos Espaciais da ESA e pela Comissão de Coordenação Interagências para os Detritos Espaciais (IADC, na sigla em inglês). Esta última entidade reúne 13 agências espaciais e outras organizações, que vão aproveitar este fenómeno para testarem instrumentos e previsões relacionadas com o calendário da reentrada e o trajecto que trará a Tiangong-1 de regresso à atmosfera terrestre. Cada membro da IADC acompanhará os dados de radar e de outras fontes que têm vindo a ser registados e tentará prever quando e por onde se dará a reentrada daquela estação. O objectivo deste procedimento experimental, explica a ESA, é “verificar, analisar e melhorar a precisão das previsões de todos os membros” da IADC.
A imagem que foi divulgada é na realidade uma composição feita a partir de duas imagens diferentes, obtidas pelo sistema de Rastreamento e Imagem por Radar (TIRA, em inglês) do instituto de investigação Fraunhofer FHR, em Wachtberg, perto da antiga capital alemã, Bona. Diz a ESA que o sistema que permitiu obter tais imagens quando a estação se encontrava a 270 quilómetros de altitude “é dos mais poderosos” do mundo.
A Tiangong-1 está desocupada desde 2013 e deixou de estar em contacto com a Terra em 2016. Tem 12 metros de comprimento e um diâmetro de 3,3 metros. Quando foi lançada, tinha 8506 quilogramas de massa. Actualmente, estará a uma altitude de 200 quilómetros (em Janeiro estava a 300 quilómetros), seguindo uma órbita que “muito provavelmente a fará [entrar na atmosfera terrestre] entre 31 de Março e as primeiras horas da manhã de 2 de Abril”, sintetiza a ESA. Devido ao processo de desintegração por que deverá passar e às “variações nas dinâmicas atmosféricas”, não é possível determinar com certeza a data, a hora e a localização geográfica da reentrada. Como diz a ESA, é apenas possível “estimar com elevado grau de incerteza”.
A Tiangong-1 – cujo nome significa Palácio Celeste – foi a estreia chinesa no lançamento de estações para o espaço. Partiu em Setembro de 2011 e colocou-se em órbita a cerca de 350 quilómetros de altitude – apenas uns 50 quilómetros mais abaixo da Estação Espacial Internacional.