Suspeita de racismo no jogo Rússia-França sob investigação da FIFA
Fare Network quer que sejam iniciados os procedimentos para instaurar processo à Rússia na sequência dos cânticos no particular com a França.
A organização de combate ao racismo Fare Network pediu esta quarta-feira que sejam adoptados os procedimentos para instaurar um processo à Rússia pelos cânticos racistas entoados no particular de terça-feira entre a Rússia e a França, motivando já uma reacção da FIFA, que garante estar a reunir "potenciais provas" dos incidentes verificados em São Petersburgo.
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A organização de combate ao racismo Fare Network pediu esta quarta-feira que sejam adoptados os procedimentos para instaurar um processo à Rússia pelos cânticos racistas entoados no particular de terça-feira entre a Rússia e a França, motivando já uma reacção da FIFA, que garante estar a reunir "potenciais provas" dos incidentes verificados em São Petersburgo.
O jogo, que terminou com uma vitória francesa, por 1-3, ficou marcado por vários cânticos racistas, entoados quando jogadores negros da formação visitante tocavam na bola, e em particular quando Paul Pogba fez o segundo golo.
“Há o suficiente ali para que a FIFA inicie os procedimentos”, sublinhou o chefe da Fare Network, Piara Powar. A organização ajuda o organismo de cúpula do futebol mundial na investigação de casos de racismo.
A ministra do Desporto francesa, Laura Flessel, afirmou, na rede social Twitter, que o racismo “não tem lugar num campo de futebol”, e que todas as partes deviam “agir em conjunto a nível europeu e internacional para travar este comportamento intolerável”. “Se, a caminho do final de Março, eles [Rússia] não sabem o que fazer, e não vão dar início a processos e protocolos já existentes, então isso não abona a favor do Mundial”, atirou Powar.
É o terceiro caso de racismo em São Petersburgo só durante esta temporada, numa cidade que vai receber um dos jogos das meias-finais do Mundial 2018, com o Zenit a enfrentar processos da UEFA em duas ocasiões, devido a jogos da Liga Europa.
No primeiro caso, os adeptos do clube mostraram uma bandeira a elogiar o general Ratko Mladic, condenado por crimes de guerra, ao defrontar o Vardar Skopje, e depois usaram termos ofensivos para atacar um jogador negro do Leipzig.