Viseu sai à rua para exigir requalificação do IP3
Petição a exigir obras imediatas na via que liga Viseu a Coimbra já tem mais de sete mil assinaturas, entre elas a dos ex-ministros Jorge Coelho e Miguel Cadilhe. Autarcas e empresários querem dez mil e estão na rua porque “não se pode esperar mais”.
Empresários e autarcas da região de Viseu vão estar nesta manhã de sábado na rua a recolher assinaturas para o abaixo-assinado que exige a urgente requalificação do IP3. Uma iniciativa à qual se junta Jorge Coelho, ex-ministro das Obras Públicas, que vai estar em Mangualde, e Almeida Henriques, presidente da autarquia viseense, além de outros autarcas que fazem parte da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões.
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Empresários e autarcas da região de Viseu vão estar nesta manhã de sábado na rua a recolher assinaturas para o abaixo-assinado que exige a urgente requalificação do IP3. Uma iniciativa à qual se junta Jorge Coelho, ex-ministro das Obras Públicas, que vai estar em Mangualde, e Almeida Henriques, presidente da autarquia viseense, além de outros autarcas que fazem parte da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões.
Nas ruas e praças mais movimentadas e nos centos comerciais das cidades e vilas do distrito, os promotores e subscritores da petição querem chamar a atenção para a necessidade de dotar esta via que liga Viseu a Coimbra de melhores condições de circulação.
Intitulada de “Dia do IP3”, a iniciativa é uma forma de mostrar que “não se pode esperar mais”, como alerta João Cotta, presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu, uma das entidades promotoras.
O empresário explica que em cada sede de concelho os presidentes de câmara estão envolvidos nas acções de rua nos locais com mais movimento. “Temos mais de sete mil assinaturas. O nosso objectivo é no dia 24, depois desta iniciativa, ultrapassar as 10 mil”, pede. Depois, “o debate na Assembleia da República terá mais força”.
Para João Cotta, está na altura de dizer basta. “Isto é uma questão de coesão do país e de igualdade de oportunidades. O IP3 é um limitador ao desenvolvimento desta região e à fixação de pessoas”, salienta. Tratando-se de uma via “indigna de um Portugal moderno”, sustenta que como as entidades públicas nos últimos anos têm sido “demasiado passivas” chegou a hora da sociedade civil “mostrar a força, a vontade e a necessidade desta estrada ser requalificada”.
Almeida Henriques, que também está na rua a recolher assinaturas, lembra, por seu lado, que pedir um IP3 “digno” é uma questão nacional.
“Esta via é uma mancha de pontos negros, não só pelas 197 vítimas que já fez, como para todos os condutores que todos os dias nela transitam. É importante que toda a sociedade esteja junta nesta reivindicação”, refere o autarca.
Ao Governo, reforça, “tem de se fazer pressão para avançar de imediato com a manutenção da via”. “O senhor ministro até pode desconsiderar o presidente da Câmara de Viseu, mas que não desconsidere este movimento”.
O autarca viseense recorda que o IP3 é uma estrada “degradada”, com piso irregular, sem sinalética e cheia de ervas. “É a estrada da morte e de todos os perigos”, classifica, anunciando que solicitou à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária para, caso não tenha feito, elaborar um estudo sobre a perigosidade deste itinerário principal.
Em Tondela, o presidente da autarquia local, José António Jesus, também se junta à causa e conta passar a tarde numa superfície comercial a recolher assinaturas.
“Reconhecemos a importância de se encontrar um consenso nesta matéria que o Município de Tondela tem vindo a defender desde a primeira hora. Temos apelado à urgência de serem levadas a cabo obras no IP3, garantindo a existência de duas vias em cada sentido, com o devido separador central e demais condições que promovam a segurança”, alerta.