O halo da discórdia chega esta temporada
Novo sistema aerodinâmico pretende proteger a cabeça dos pilotos.
Era uma das promessas mais temidas pela maioria das equipas, mas os responsáveis da Fórmula 1 (F1) passaram por cima das reservas e impuseram mesmo a introdução do halo em todos os monolugares que competem em 2018. Trata-se de um sistema aerodinâmico que fica à frente do habitáculo e que pretende proteger os pilotos de lesões cerebrais em acidentes ou de qualquer impacto que possa lesionar a cabeça exposta.
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Era uma das promessas mais temidas pela maioria das equipas, mas os responsáveis da Fórmula 1 (F1) passaram por cima das reservas e impuseram mesmo a introdução do halo em todos os monolugares que competem em 2018. Trata-se de um sistema aerodinâmico que fica à frente do habitáculo e que pretende proteger os pilotos de lesões cerebrais em acidentes ou de qualquer impacto que possa lesionar a cabeça exposta.
O contestado dispositivo, por razões estéticas, é feito de carbono e desenhado para suportar a força de um embate equivalente ao de um autocarro de dois andares. Passa a ser obrigatório para todas as equipas, com um design padronizado, mas passível de sofrer ligeiras alterações na sua superfície.
“Foram os pilotos que pediram um sistema de protecção para a cabeça no final do ano de 2015”, justificou Jean Todt, presidente da Federação Internacional Automóvel (FIA), que qualificou de “infantis” as críticas ao halo. “Recebi uma carta assinada pelos directores da associação de pilotos (Sebastian Vettel, Jenson Button e Alex Wurz) a pedir que algo fosse feito. Avançámos imediatamente para um estudo e em Julho de 2016, data de uma reunião, os pilotos voltaram a insistir que eu fizesse força para que fossem tomadas as medidas necessárias”, esclareceu.
Mas as novidades ao nível dos regulamentos não se ficam pela segurança. Outra medida substancial visa a redução de custos na competição. A partir desta temporada, em vez dos quatro motores habituais cada piloto passará a contar apenas com três para disputar as 21 corridas do calendário. Uma decisão que implicou também algumas mexidas ao nível dos castigos.
Com menos motores disponíveis é previsível que aumentem as punições para os pilotos que quebrem a regra e os organizadores procuraram racionalizar o sistema que tanta confusão criou no passado. Quem for castigado com a perda de 15 lugares ou mais na grelha de partida partirá automaticamente do último lugar, deixando de existir punições que iam até às 40 posições, numa grelha com apenas 20 lugares. E se mais do que um piloto for sujeito a idêntica penalização na mesma prova, serão “arrumados” nas últimas filas pela ordem como foram castigados.
Ao nível dos pneus, a Pirelli continuará a ser a fornecedora exclusiva da F1, mas apresenta agora mais soluções para equipas e pilotos. As cinco opções disponíveis na época passada passam agora para sete. As duas novidades surgem nos extremos: os pneus híper-macios, que já mereceram elogios do próprio Lewis Hamilton – e os super-duros.
A FIA resolveu ainda eliminar o sistema de suspensões dianteiras dos carros, que lhe permitia uma variação na altura do solo, dependendo do posicionamento do volante. O que poderá afectar em especial equipas como a Ferrari e a Red Bull que conseguiam vantagens competitivas com esta solução que lhes permitia ganhar maior apoio aerodinâmico.