Condutor é responsabilizado por acidente que matou 12 portugueses
A colisão com um camião vitimou 12 portugueses que se deslocavam da Suíça para Portugal, a 24 de Março de 2016 em Allier, no centro de França. Sobrelotação e estado da carrinha, assim como imprudência do condutor nas origens do acidente.
O Gabinete de Investigação de Acidentes Terrestres de França atribuiu ao condutor a responsabilidade do acidente que, em Março de 2016, matou 12 cidadãos portugueses emigrados na Suíça que viajavam para Portugal, indica o relatório daquela entidade francesa. Segundo o relatório, uma "ultrapassagem mal calculada" e com "velocidade excessiva" num minibus num "estado deplorável (travões e pneus) " são as causas do acidente na estrada nacional 79, próximo da comunidade de Montbeugny, com o veículo conduzido por um motorista também português, Ricardo Pinheiro, então com 19 anos.
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O Gabinete de Investigação de Acidentes Terrestres de França atribuiu ao condutor a responsabilidade do acidente que, em Março de 2016, matou 12 cidadãos portugueses emigrados na Suíça que viajavam para Portugal, indica o relatório daquela entidade francesa. Segundo o relatório, uma "ultrapassagem mal calculada" e com "velocidade excessiva" num minibus num "estado deplorável (travões e pneus) " são as causas do acidente na estrada nacional 79, próximo da comunidade de Montbeugny, com o veículo conduzido por um motorista também português, Ricardo Pinheiro, então com 19 anos.
"A causa directa do acidente é a decisão do condutor do minibus que, sem ter a visibilidade suficiente, iniciou uma ultrapassagem a uma velocidade excessiva, com um veículo num estado deplorável (travões e pneus), em sobrecarga e que tinha também um pequeno atrelado num estado técnico deficiente", lê-se no documento oficial. "As consequências desse comportamento são a colisão frontal com um veículo pesado e a morte de 12 pessoas que se encontravam no minibus, transportadas de forma ilegal e perigosa (aumento ilegal da capacidade de passageiros, com cintos de segurança deficientes ou mesmo inexistentes) ", acrescenta-se no documento.
De acordo com o relatório, os pneus da carrinha Mercedes tinham mais de sete anos e a tentativa de ultrapassagem foi feita a 105 quilómetros por hora, quando o máximo permitido era de 90 km/h e o número de bancos foi aumentado ilegalmente de nove para 12 passageiros. O condutor, Ricardo Pinheiro tinha carta de condução desde 2014, mas só dois dias antes da viagem fatídica obteve a licença para conduzir uma viatura com reboque e peso superior a 750 quilogramas.
Nesse sentido, o Gabinete de Investigação de Acidentes Terrestres francês refere que, tendo em conta as causas e as circunstâncias do acidente, não permite emitir uma recomendação específica, limitando-se a recordar o Código da Estrada e, em particular, a especificidade das manobras de ultrapassagem.