Estrutura para gestão dos fogos rurais vai “acolher e analisar” propostas da comissão independente
Presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais diz que é preciso investir na prevenção e na flexibilização dos recursos.
O presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, Tiago Oliveira, diz que é preciso que a prevenção e o combate aos incêndios estejam integrados. E assegurou que vai “acolher e analisar” as propostas contidas no relatório técnico apresentado na terça-feira pela comissão técnica independente que analisou os incêndios de Outubro.
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O presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, Tiago Oliveira, diz que é preciso que a prevenção e o combate aos incêndios estejam integrados. E assegurou que vai “acolher e analisar” as propostas contidas no relatório técnico apresentado na terça-feira pela comissão técnica independente que analisou os incêndios de Outubro.
“O relatório reafirma e reforça trabalho que temos vindo a desenvolver no modelo futuro que está em apreciação pelo Governo. E dá um conjunto de contribuições importantes, nomeadamente no reforço da presença do Estado à escala da gestão da floresta e da Protecção Civil”, declarou.
Sobre o combate aos incêndios no próximo Verão, frisou: “Precisamos de pessoas e instituições mais capacitadas”. Quanto ao sistema, tem de ser “mais flexível” e “eficaz”. O que significa garantir recursos onde e quando são necessários e não em função de “fases”, tal como estão definidas no Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais, que determinam que equipamentos estão disponíveis a cada momento. Estas fases, defendeu, devem ser eliminadas.
Uma das ideias apresentadas no relatório que Tiago Oliveira destacou é a criação de um único indicador de aviso de incêndios, o Fire Weather Index. "O IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera], enquanto autoridade, produz informação que é analisada pela Protecção Civil, que emite e produz alertas”, explicou.
O responsável revelou que, em Abril, vai ser anunciado o programa Aldeias Seguras que, em colaboração com os municípios, “vai dar contributos relevantes para que as pessoas saibam a ameaça que as envolve e como reagir à situação”.
Mas deixou um aviso: “Os fogos não vão terminar.” Para acrescentar: “Estamos empenhados em garantir que vamos estar todos mais bem preparados.”