PSD quer ouvir comissão técnica independente sobre incêndios de Outubro
A iniciativa foi anunciada durante uma declaração política, no plenário, pela vice-presidente da bancada do PSD, Rubina Bernardo.
A bancada do PSD vai pedir para ouvir os representantes da Comissão Técnica Independente (CTI) no Parlamento sobre o relatório dos incêndios de Outubro, divulgado esta terça-feira, e outras entidades, para “aprofundar as falhas identificadas” naqueles acontecimentos. A iniciativa foi anunciada pela vice-presidente da bancada do PSD, Rubina Bernardo, numa declaração política sobre o tema.
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A bancada do PSD vai pedir para ouvir os representantes da Comissão Técnica Independente (CTI) no Parlamento sobre o relatório dos incêndios de Outubro, divulgado esta terça-feira, e outras entidades, para “aprofundar as falhas identificadas” naqueles acontecimentos. A iniciativa foi anunciada pela vice-presidente da bancada do PSD, Rubina Bernardo, numa declaração política sobre o tema.
Na sua intervenção, a deputada desafiou todos os grupos parlamentares a trabalharem em conjunto para procurar consensos, convidando todos a "abandonar as trincheiras ideológicas em prol do interesse nacional" para concretizar as recomendações dos dois relatórios da CTI.
Este desafio surgiu depois de a deputada ter acusado o Governo de ser "incompetente" na prevenção dos incêndios de meados de Outubro passado. "O relatório vem confirmar o que o PSD afirmou desde a primeira hora o falhanço do Estado", afirmou a social-democrata.
Também a líder do CDS, Assunção Cristas, não poupou o executivo ao comentar o relatório à margem de uma iniciativa de limpeza de matas em Vale de Cambra. “Este relatório, infelizmente, vem dar razão ao CDS em tudo o que nós dizíamos sobre a inacção e a incompetência do Governo", afirmou.
No plenário, as bancadas da esquerda alinharam pela ideia de que a oposição se precipitou a comentar o relatório quando “ainda as fotocopiadoras estavam quentes” como disse o socialista José Miguel Medeiros. Pelo BE, Carlos Matias devolveu as críticas, argumentando que “o Estado falha sempre que segue” a política PSD/CDS de corte de recursos e serviços. O PCP, pela voz do líder parlamentar João Oliveira, acusou o PSD de “sacudir água do capote” das responsabilidades sobre políticas que levaram à propagação do fogo mas remeteu comentários sobre o relatório para o debate agendado sobre este tema.