Troleicarros regressam às estradas de Coimbra em Maio

Viaturas do serviço de transportes públicos municipalizados estavam paradas desde 2017.

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CARLA CARVALHO TOMAS / PUBLICO

Depois de meses de paragem, cinco troleicarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) voltam a circular nas ruas da cidade a partir do final de Abril ou início de Maio. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, na reunião de executivo que decorreu nesta segunda-feira.

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Depois de meses de paragem, cinco troleicarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) voltam a circular nas ruas da cidade a partir do final de Abril ou início de Maio. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, na reunião de executivo que decorreu nesta segunda-feira.

O processo de restauro das viaturas e da rede de tracção eléctrica “está numa fase final”, sendo que os tróleis regressarão às linhas que anteriormente percorriam, informa uma nota do município enviado às redacções. “A necessidade de intervenção em alguns postes da rede de tracção eléctrica foi detectada” após um levantamento dos SMTUC e uma análise “mais detalhada” por parte do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) levou à substituição de trinta postes, refere a autarquia. 

Os trabalhos de intervenção nas viaturas e de reabilitação da rede foram iniciados em Novembro depois de ter sido “detectada essa necessidade para garantir a total funcionalidade e segurança do serviço público”. No entanto, os cinco troleicarros que integram a frota de 141 viaturas dos SMTUC estavam parados antes disso. 

Como noticiou na altura o PÚBLICO, a construção da rotunda do Arnado num nó da avenida Fernão Magalhães, uma das mais movimentadas da cidade, levou à suspensão da circulação das viaturas. A transformação de um cruzamento em rotunda tornou impossível a alimentação eléctrica dos troleicarros através dos cabos aéreos pré-existentes. Durante o período de inactividade destes veículos, as linhas foram asseguradas por autocarros comuns. 

A intervenção no Arnado começou em Dezembro de 2016 e prolongou-se até ao Verão de 2017, tendo custado 470 mil euros. Nesse valor está incluída uma estátua, que teve o preço de 27 mil euros. A manutenção da rede eléctrica dos troleicarros representou um investimento de 60 mil euros mais IVA para os SMTUC. 

A CMC recorda que investe anualmente cerca de 9 milhões de euros nos SMTUC para “assegurar o custo social dos transportes”. As receitas dos parques de estacionamento públicos alimentam o serviço de transportes, mas as subvenções mensais atribuídas pela câmara ainda são responsáveis por cerca de 80% do valor total. 

Nos últimos quatro anos, o município adquiriu 10 autocarros usados, 10 autocarros novos, dois mini-autocarros híbridos, uma viatura de transporte de pessoas de mobilidade reduzida e ainda sete mini-autocarros, compondo assim uma frota com uma média de idades de 13 anos.