Santanistas defendem "conversações" sobre futuro secretário-geral
Representantes de Santana Lopes no Conselho Nacional defendem que se justificaria receberam um contacto do presidente do partido sobre o novo secretário-geral.
Os representantes de Santana Lopes no Conselho Nacional não receberam, até agora, qualquer contacto da direcção do PSD sobre a escolha do futuro secretário-geral, defendendo que esse diálogo se justificaria, disse à Lusa fonte próxima do antigo primeiro-ministro.
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Os representantes de Santana Lopes no Conselho Nacional não receberam, até agora, qualquer contacto da direcção do PSD sobre a escolha do futuro secretário-geral, defendendo que esse diálogo se justificaria, disse à Lusa fonte próxima do antigo primeiro-ministro.
"Tal como aconteceu no congresso, em que houve um entendimento para todos os órgãos nacionais à excepção da Comissão Política com vista à unidade do partido, numa altura em que o PSD está a atravessar uma fase negativa justificar-se-iam novamente conversações desse tipo", defendeu a mesma fonte.
A lista conjunta ao Conselho Nacional do PSD de Rui Rio e Santana Lopes - encabeçada pelo antigo primeiro-ministro e que tem como segundo nome Paulo Rangel - elegeu 34 em 70 membros, não tendo, ainda assim, maioria no órgão máximo do partido entre congressos.
De acordo com os estatutos do PSD, compete ao Conselho Nacional "eleger o substituto de qualquer dos titulares da Mesa do Congresso e da Comissão Política Nacional, com excepção do seu Presidente, no caso de vacatura do cargo ou de impedimento prolongado, sob proposta do respectivo órgão".
Assim, o nome que for proposto pela Comissão Política Nacional para secretário-geral do PSD na sequência da demissão de Feliciano Barreiras Duarte terá depois de ser votado em Conselho Nacional.
Fontes da direcção do PSD confirmaram hoje à Lusa que a próxima reunião da Comissão Política Nacional do PSD continua marcada para 28 de Março e, se o calendário não for alterado, será proposto nessa data o nome do futuro secretário-geral.
Esta reunião já estava agendada antes de conhecida a demissão, no domingo, de Feliciano Barreiras Duarte do cargo de secretário-geral do partido.
Além da lista de Rio e Santana, concorreram mais sete listas ao Conselho Nacional, que elegeram os restantes 36 delegados.
São ainda membros do Conselho Nacional os membros da Mesa do Congresso, que constituem também a Mesa do Conselho Nacional, dez representantes da JSD, cinco representantes dos Trabalhadores Sociais-Democratas e cinco representantes dos Autarcas Sociais-Democratas, bem como os presidentes das Comissões Políticas Distritais e dois representantes de cada Comissão Política Regional.
Têm também assento neste órgão representantes de cada círculo eleitoral da Emigração, os antigos presidentes do partido e os militantes que tenham desempenhado os cargos de presidentes da Assembleia da República, primeiro-ministro e presidente dos Governos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Sem direito de voto, participam no Conselho Nacional os membros da Comissão Política Nacional, do Conselho de Jurisdição Nacional, e da direcção do Grupo Parlamentar, bem como os restantes militantes com direito a participar nos Congressos do partido.
Feliciano Barreiras Duarte anunciou no domingo, em comunicado, que apresentou a sua demissão de "forma irrevogável" ao presidente do partido, Rui Rio, depois de uma semana de notícias sobre irregularidades no seu currículo e uma alegada falsidade na morada que indicou no parlamento, considerando que os "ataques" de que estava a ser alvo o prejudicaram gravemente e à sua família, bem como a direcção do PSD.
Esta é a primeira baixa na direcção do novo presidente do PSD, Rui Rio, e acontece exactamente um mês depois do Congresso do partido, que se realizou entre 16 e 18 de Fevereiro.