Jacob Zuma formalmente acusado de corrupção

Antigo Presidente sul-africano é acusado relativamente a um negócio de armas, no valor de milhares de milhões de dólares, realizado em 1999, quando ocupava o cargo de vice-presidente.

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Reuters/Siphiwe Sibeko

Jacob Zuma, que deixou a presidência da África do Sul em Fevereiro, foi formalmente acusado de corrupção nesta sexta-feira relativamente a um negócio de armas, no valor de milhares de milhões de dólares, realizado durante os anos de 1990.

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Jacob Zuma, que deixou a presidência da África do Sul em Fevereiro, foi formalmente acusado de corrupção nesta sexta-feira relativamente a um negócio de armas, no valor de milhares de milhões de dólares, realizado durante os anos de 1990.

O procurador-geral, Shaun Abrahams, anunciou a acusação referindo que existem “perspectivas razoáveis de a acusação a Zuma ser bem-sucedida”, cita a Reuters. Abrahams disse ainda que o antigo Presidente já foi notificado sobre a acusação.

Zuma é assim acusado de 16 crimes de corrupção numa compra de armas do Governo sul-africano, do valor de 2,5 mil milhões de dólares (pouco mais de dois mil milhões de euros), em 1999, numa altura em que ocupava o cargo de vice-presidente. 

Este é apenas um dos muitos casos de corrupção em que o antigo Presidente sul-africano está envolvido. Por isso, e uma vez que deixou já a liderança do país, não deverá também ser a última acusação formal dirigida a si.

Zuma foi substituído na presidência sul-africana pelo seu vice-presidente, Cyril Ramaphosa. A sucessão foi completada depois de um longo e intenso conflito político entre ambos.

As suspeitas sobre Zuma afectaram a imagem do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), histórico partido e que está no poder desde o fim do apartheid - em 2019 realizam-se eleições.