Pelo turismo sustentável nos Caminhos de Santiago

Estudantes de vinte universidades vão percorrer 100 quilómetros a pé. Portugal está representado pela Universidade do Minho.

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Asa Rodger

Durante cinco dias, estudantes especializados em diversas áreas, de vinte universidades em 13 países, percorrerão 100 quilómetros a pé em diferentes rotas do Caminho de Santiago, implementando os princípios do turismo sustentável que analisaram anteriormente. O turismo como "instrumento de compreensão mútua e desenvolvimento sustentável" é o centro do projecto universitário internacional "O Valor dos Direitos Humanos no Caminho de Santiago: Aproveitando o Poder do Turismo para Promover o Diálogo Intercultural e a Realização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável".

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Durante cinco dias, estudantes especializados em diversas áreas, de vinte universidades em 13 países, percorrerão 100 quilómetros a pé em diferentes rotas do Caminho de Santiago, implementando os princípios do turismo sustentável que analisaram anteriormente. O turismo como "instrumento de compreensão mútua e desenvolvimento sustentável" é o centro do projecto universitário internacional "O Valor dos Direitos Humanos no Caminho de Santiago: Aproveitando o Poder do Turismo para Promover o Diálogo Intercultural e a Realização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável".

Portugal estará representado por estudantes da Universidade do Minho, sendo que participarão cinco universidades do continente americano (EUA, Peru e México), uma africana (Sudão) e 13 europeias (Espanha, Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, Polónia, Montenegro e França).

Entre Janeiro e Março, os participantes trabalharam num estudo online com foco nos principais princípios e requisitos para o desenvolvimento do turismo sustentável, bem como princípios éticos e de responsabilidade no Caminho de Santiago.

Os alunos foram divididos em quatro grupos diferentes, compostos por aproximadamente 40 participantes. De 17 a 22 de Março, cada grupo percorrerá a pé os 100 quilómetros de um dos quatro caminhos seleccionados, realizando pesquisas no local durante a viagem e comparando a análise teórica anterior com a situação real da rota. Esse estudo no terreno permitirá que os alunos estabeleçam se os seus produtos turísticos são ou não viáveis, actualizá-los para se adaptarem à realidade da rota ou desenvolver novos exemplos de produtos turísticos sustentáveis que possam promover o desenvolvimento local na rota.

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"Do aumento da igualdade e da protecção das comunidades ao uso sustentável da terra, as rotas culturais podem ser um catalisador para melhorar a sustentabilidade no nosso sector", disse o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, numa mensagem dirigida aos participantes. "Em todo o Caminho, será possível ver como o turismo pode transformar as comunidades, gerar mais-valia e preservar o património e a cultura local", acrescentou.

O projecto, organizado pela OMT em colaboração com a Rede Universitária Helsinki España e o Grupo de Universidades de Compostela, culminará com a realização do Fórum Universitário Internacional em Santiago de Compostela, onde serão apresentadas as conclusões do trabalho online e dos produtos turísticos.