Tamagotchis regressam em realidade aumentada
As novas criaturas são imortais, partilham fotografias nas redes sociais e podem jogar às escondidas.
Os Tamagotchis fazem 21 anos. A empresa de videojogos japonesa Bandai Namco está a celebrar o aniversário das famosas criaturas virtuais com uma aplicação móvel gratuita que copia o funcionamento da mascote de bolso, mas juntando-lhe realidade aumentada. A partir desta quinta-feira, além de comer, brincar, comer e tomar banho, os Tamagotchis podem procurar amigos no mundo real com a ajuda da câmara do telemóvel.
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Os Tamagotchis fazem 21 anos. A empresa de videojogos japonesa Bandai Namco está a celebrar o aniversário das famosas criaturas virtuais com uma aplicação móvel gratuita que copia o funcionamento da mascote de bolso, mas juntando-lhe realidade aumentada. A partir desta quinta-feira, além de comer, brincar, comer e tomar banho, os Tamagotchis podem procurar amigos no mundo real com a ajuda da câmara do telemóvel.
Foi em 1997 que os pequenos porta-chaves em forma de ovo invadiram os bolsos de crianças e adolescentes com criaturas de que os donos podiam cuidar até à vida adulta. Na altura, com a mínima desatenção, o boneco morria e tinha-se de começar de novo. Hoje, os bonecos da aplicação My Tamagotchi Forever são imortais.
Não é a primeira vez que o jogo é reinventado. A Nintendo apresentou várias sugestões para as suas consolas ao longo dos anos, e em 2017, para celebrar os 20 anos do aparelho, a própria Bandai lançou uma edição especial. Porém, é a primeira vez que um jogo oficial está disponível gratuitamente. Pelo menos, se o utilizador tiver paciência de coleccionar lentamente moedas virtuais ao longo do jogo, ou ver anúncios em troca de presentes. A alternativa, é pagar para ter mais moedas ou desbloquear conteúdo adicional.
Na apresentação do projecto, a Bandai acentua que o jogo vai além de uma repetição do original. “Consoante a forma como se cuida do boneco, as criaturas vão evoluir para diferentes tipos de Tamagotchi", diz a empresa na descrição da aplicação. "Pode-se experimentar a realidade virtual para jogar às escondidas com outros Tamagotchi no mundo real."
O PÚBLICO experimentou o jogo, e as novas criaturas aguentam algum desleixo. Tal como a versão dos anos 1990, grande parte da aplicação passa por cuidar de um boneco (que sai de um ovo depois de um rápido tutorial) para que este possa crescer. Porém, horas depois de ignorar a criatura, o pintainho ainda conseguiu evoluir para uma estrela azul com um arco-íris (o equivalente a uma criança no jogo), apesar de ter fome, estar sujo e cansado.
Visto do ecrã do smartphone, os novos bonecos são muito mais detalhados e vivem numa vila virtual (com uma escola, supermercado, loja de roupa e campo de futebol), que o utilizador pode personalizar a seu gosto e que aumenta ao longo dos vários níveis. Além disso, têm preferências: um Tamagotchi recém-nascido não se satisfaz com uma maçã e pede, em vez disso, um pacote de batatas fritas. O foco do jogo parecer ser mais a nostalgia e a partilha nas redes sociais de imagens dos bonecos. Com o avançar do jogo, encontram-se algumas funções com realidade aumentada: por exemplo, para tirar fotografias ao lado do boneco virtual.
O jogo já está disponível para descarregar em Android e iOS. Nas lojas online da Apple e do Google, uma das criticas de quem já experimentou é que é uma aplicação freemium. Com o avançar do jogo surgem opções especiais a que só se podem acede pagando. Outro problema, é que ao ser impossível perder, o jogo perde o charme do original, em que se tinha de olhar constantemente para o ecrã do porta-chaves. Hoje, as pequenas criaturas virtuais têm muitas mais aplicações com que competir no ecrã: das redes sociais, às mensagens e aos jogos.