Negócios da Sonae crescem 7,1% e aproximam-se dos seis mil milhões
Dividendo a distribuir aos accionistas cresce 5% para 0,042 euros por acção.
O volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 7,1% em 2017, para 5710 milhões de euros, “com todos os negócios a crescer”, avança a empresa em comunicado ao mercado financeiro.
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O volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 7,1% em 2017, para 5710 milhões de euros, “com todos os negócios a crescer”, avança a empresa em comunicado ao mercado financeiro.
A rentabilidade cresceu 6,9% (EBITDA subjacente), para 336 milhões de euros, e o resultado líquido atingiu 166 milhões de euros, não sendo directamente comparável com o do ano anterior devido ao efeito dos resultados não recorrentes. Em 2016, a Sonae (proprietária do PÚBLICO) apresentou lucros de 215 milhões de euros. A queda é explicada, entre outros factores, pela alteração do método de consolidação da Nos e a venda de acções da MDS (seguros).
Em face dos resultados, a proposta do Conselho de Administração prevê um crescimento de 5% no dividendo face ao exercício anterior, para 0,042 euros por acção, o que representa a distribuição de 64% do resultado directo atribuído aos accionistas.
Continuando a estratégia dos últimos anos, a empresa liderada por Paulo Azevedo diminuiu a dívida líquida em 103 milhões de euros face ao período homólogo.
No retalho, o maior negócio do grupo, o volume de negócios aumentou 6,8% para 5,6 mil milhões de euros, com o negócio de base alimentar a crescer 5,4% e a Worten, que ultrapassou mil milhões de euros de facturação, a registar um crescimento anual superior a 10%.
As vendas nas plataformas online situaram-se, pela primeira vez, acima de 100 milhões de euros.
No comentário aos resultados, Ângelo Paupério, co-CEO da Sonae, destaca que “2017 foi um ano bom para os negócios da Sonae, que continuaram a crescer a bom ritmo e progrediram significativamente no desenvolvimento da sua estratégia”. “Também a nível global evoluímos na construção de um portefólio de negócios mais autónomos, focados e flexíveis, preparados para actuar no mercado com elevados padrões de governação corporativa, nomeadamente como empresas cotadas ou integrando parcerias estratégicas”, adianta ainda.
O presidente da comissão executiva, cargo que reparte com Paulo Azevedo, que também é chairman do grupo, adianta que o investimento global das empresas do perímetro de controlo atingiu 726 milhões de euros, sendo de 316 milhões de euros no âmbito das empresas que consolidam pelo método integral.
Em jeito de homenagem ao fundador da Sonae, que morreu no ano passado, Ângelo Paupério deixa uma mensagem de confiança em relação ao futuro. “Estamos assim preparados e confiantes para enfrentar os desafios do futuro, conscientes da qualidade da nossa equipa, do valor da cultura e do exemplo que nos foi deixado pelo Engº Belmiro de Azevedo, que temos como referência e que pretendemos honrar, cumprindo a nossa missão de criar valor económico e social levando os benefícios do progresso e da inovação a um número crescente de pessoas”.