Ministro da Educação diz que proposta apresentada aos sindicatos é a "possível"
Dos nove anos de tempo de serviço prestado pelos professores durante o congelamento das carreiras, Governo apenas aceita recuperar pouco mais de dois anos.
O ministro da Educação disse nesta quarta-feira que a proposta final apresentada na segunda-feira aos sindicatos dos professores sobre a recuperação do tempo de serviço é a única "passível de execução" e que permite agir com "equidade”.
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O ministro da Educação disse nesta quarta-feira que a proposta final apresentada na segunda-feira aos sindicatos dos professores sobre a recuperação do tempo de serviço é a única "passível de execução" e que permite agir com "equidade”.
"Não podemos pôr em risco o descongelamento de todos os funcionários públicos", declarou o ministro no segundo dia de greves regionais dos professores, sublinhando que a questão tem a ver com a progressão da carreira e que 45 mil docentes já vão ver as suas carreiras "com progressão no ano de 2018".
Tiago Brandão Rodrigues acrescentou que a proposta apresentada pelo Governo é a única hipótese "sustentável financeiramente" e que dá possibilidade aos docentes de verem "reconstituídos 70% de um módulo de progressão", que resulta nos 2 anos, 10 meses e 18 dias que o executivo se propõe recuperar dos nove anos de tempo de serviço prestado durante o período de congelamento.
"Ir mais longe implicaria necessariamente pôr em causa o descongelamento de carreiras que aconteceu em Janeiro de 2018", declarou, acrescentando que a abertura negocial com os sindicatos continua a ser "total".
O ministro da Educação falou aos jornalistas no rescaldo do lançamento do livro "Contas de Cabeça", apresentado hoje na Cidade do Desporto, em Lisboa, numa parceria com a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Federação Portuguesa de Futebol, no segundo dia das greves regionais convocadas por 10 organizações sindicais de professores.
A greve arrancou na terça-feira nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na região autónoma da Madeira e nesta quarta-feira concentra-se na região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e no dia 15 na região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco). A paralisação termina sexta-feira na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.