Má gestão no SNS "é motivo de preocupação" e de "reflexão" para o ministro da Saúde

Declarações de Miguel Guimarães surgem depois de Mário Centeno ter afirmado no parlamento que eventualmente podia haver casos de má gestão no Serviço Nacional de Saúde.

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Miguel Guimarães esteve reunido com o actual líder do PSD, Rui Rio, esta quarta-feira, no Porto Paulo Pimenta

O bastonário da Ordem dos Médicos afirmou nesta quarta-feira que a possibilidade de haver situações de má gestão no Serviço Nacional de Saúde "é um motivo de preocupação" e "mais um grande motivo de reflexão" para o ministro da Saúde.

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O bastonário da Ordem dos Médicos afirmou nesta quarta-feira que a possibilidade de haver situações de má gestão no Serviço Nacional de Saúde "é um motivo de preocupação" e "mais um grande motivo de reflexão" para o ministro da Saúde.

"As declarações do ministro das Finanças deviam deixar mais preocupado o ministro da Saúde, porque Mário Centeno lá terá as suas razões para dizer que a gestão das unidades de saúde ou dos hospitais (...) não está a ser bem-feita", afirmou Miguel Guimarães aos jornalistas, no Porto, à margem de uma reunião com o líder do PSD, Rui Rio.

Segundo o bastonário, "isto é um motivo de preocupação, é mais um grande motivo de reflexão para o ministro da Saúde", Adalberto Campos Fernandes. O ministro das Finanças admitiu esta quarta-feira, no parlamento, que possa haver situações de má gestão no Serviço Nacional de Saúde e que, nesse caso, têm de ser avaliadas, adiantando que foi criada uma unidade de missão para avaliar a dívida na Saúde.

"Pode seguramente haver má gestão, na verdade, e temos de olhar para ela", disse Mário Centeno, na comissão parlamentar de Trabalho. A declaração do governante surgiu após uma sugestão do deputado do PSD Álvaro Batista de que a elevada dívida e os pagamentos em atraso no Serviço Nacional de Saúde (SNS) se podem dever a má gestão.

O ministro afirmou ainda que a dívida da Saúde é um tema que preocupa este Governo e que foi por isso que foi criada uma "unidade de missão para repensar todo o processo de criação de dívida" no SNS.