Han Kang e László Krasznahorkai novamente na corrida ao Man Booker International

A sul-coreana e o húngaro já foram distinguidos em 2016 e 2015, respectivamente, com o prémio britânico que é já uma instituição no mundo da literatura.

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David Grossman, vencedor da edição do ano passado, fotografado em Cascais, em 2015 Enric Vives-Rubio

A sul-coreana Han Kang e o húngaro László Krasznahorkai, que venceram edições anteriores do prémio internacional Man Booker, respectivamente em 2016 e 2015, estão novamente entre os 13 candidatos ao galardão, anunciados nesta segunda-feira.

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A sul-coreana Han Kang e o húngaro László Krasznahorkai, que venceram edições anteriores do prémio internacional Man Booker, respectivamente em 2016 e 2015, estão novamente entre os 13 candidatos ao galardão, anunciados nesta segunda-feira.

A organização do prémio britânico divulgou a primeira, e a mais longa, lista dos candidatos à edição de 2018, que distingue os melhores trabalhos de ficção de todo o mundo, traduzidos para língua inglesa, e que neste ano conta com traduções de dez idiomas diferentes, da Europa, Ásia, América do Sul e Médio Oriente.

The White Book, de Han Kang, com tradução de Deborah Smith, e The World Goes On, de László Krasznahorkai e traduzido por John Batki, Ottilie Mulzet & George Szirtes, colocaram os seus autores de novo na corrida a este que é um dos mais importantes prémios literários mundiais.

Na lista de candidatos, contam-se três autores de Espanha, fazendo deste o país mais representado na selecção, com The Impostor, de Javier Cercas, traduzido por Frank Wynne (O Impostor, editado em Portugal pela Assírio & Alvim); Like a Fading Shadow, de Antonio Muñoz Molina (tradução de Camilo A. Ramirez); e The Dinner Guest, de Gabriela Ybarra (tradução de Natasha Wimmer).

França tem dois autores finalistas: Laurent Binet, com The 7th Function of Language (A Sétima Função da Linguagem, Quetzal Editores); e Virginie Despentes, com Vernon Subutex 1, ambos traduzidos por Frank Wynne, o único tradutor que aparece nomeado duas vezes.

A escritora alemã Jenny Erpenbeck é outra das nomeadas, pelo romance Go, Went, Gone (tradução de Susan Bernofsky), tal como a argentina Ariana Harwicz, com Die, My Love (Sarah Moses & Carolina Orloff).

Os restantes autores que figuram na primeira lista de finalistas são oriundos da Áustria, do Iraque, da Polónia e de Taiwan. O austríaco Christoph Ransmayr foi nomeado por The Flying Mountain (Simon Pare); o iraquiano Ahmed Saadawi, por Frankenstein in Baghdad (Jonathan Wright); a polaca Olga Tokarczuk, por Flights (Jennifer Croft); e Wu Ming-Yi, pelo romance The Stolen Bicycle (Darryl Sterk).

A lista foi seleccionada por um júri presidido por Lisa Appignanesi, autora e comentadora cultural, e integrado pelo poeta e tradutor alemão Michael Hofmann, pelo romancista Hari Kunzru e pelo jornalista e critico literário Tim Martin, ambos britânicos, e pela nigeriana autora de romances, peças e contos Helen Oyeyemi.

Lisa Appignanesi destacou que ser júri deste prémio "tem sido uma aventura emocionante". "Viajámos por países, culturas e imaginações, de alguma forma, para chegar ao que poderia ter sido uma lista ainda maior", afirmou, sublinhando a descoberta de "uma riqueza de talentos, de variedade de formas e de alguns escritores anteriormente pouco conhecidos em inglês".

A lista final de seis livros será anunciada a 12 de Abril, e o vencedor do prémio de 2018 será divulgado a 22 de Maio, em Londres.

O vencedor do prémio Man Booker Internacional 2017 foi o romance A Horse Walks Into a Bar (Um Cavalo Entra num Bar, editado pela D. Quixote), de David Grossman, traduzido por Jessica Cohen e publicado pela editora Jonathan Cape.