Comboios em serviços mínimos na segunda-feira
A greve da IP, a empresa gestora da infra-estrutura ferroviária, vai afectar os principais serviços da CP e da Fertagus, que apenas garantem 25% das ligações normalmente efectuadas.
A greve na Infra-estruturas de Portugal (IP), empresa gestora da infra-estrutura ferroviária, marcada para esta segunda-feira levou a CP e a Fertagus a decretarem serviços mínimos. As supressões vão afectar os principais serviços da CP: Internacional, Alfa-Pendular, Intercidades, Regional e Urbanos (de Lisboa e Porto).
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A greve na Infra-estruturas de Portugal (IP), empresa gestora da infra-estrutura ferroviária, marcada para esta segunda-feira levou a CP e a Fertagus a decretarem serviços mínimos. As supressões vão afectar os principais serviços da CP: Internacional, Alfa-Pendular, Intercidades, Regional e Urbanos (de Lisboa e Porto).
A CP informa, em comunicado, que não vai disponibilizar transportes alternativos aos serviços suprimidos pela greve, mas que vai reembolsar o valor dos bilhetes que já tiverem sido adquiridos ou permitir alterações de data ou de comboio sem custos.
Do serviço internacional, vão realizar-se apenas duas viagens. O comboio com destino a Santa Apolónia, em Lisboa, vai sair à 1h50 de Vilar Formoso. No sentido oposto, realiza-se a viagem das 21h25.
Estão garantidas cinco viagens do serviço Alfa-Pendular com destino a Lisboa. Para Braga, vão realizar-se apenas três viagens, uma para Guimarães e uma para Campanhã, no Porto. Do Porto para Faro vai realizar-se uma viagem, às 7h, e no sentido inverso às 15h47.
No serviço intercidades, o comboio com destino à Guarda vai sair de Santa Apolónia às 7h07 e voltar às 18h30. A partir da Covilhã prevê-se apenas uma ligação, às 7h31, com destino a Santa Apolónia.
A greve na IP vai afectar também o serviço regional da CP, nomeadamente as linhas do Minho, Douro, Vouga, Beira Alta e Beira Baixa, Oeste e Algarve. A Linha do Norte vai ter supressões em vários troços: Porto/Lisboa, Coimbra/Aveiro e Entroncamento/ Coimbra.
A Linha de Cascais tem garantidas apenas 25 viagens com destino ao Cais do Sodré a partir de Cascais e 26 no sentido oposto. A Linha da Azambuja, que liga esta vila a Sintra, tem 52 duas viagens garantidas para cada sentido. No Barreiro, haverá oito ligações com destino às Praias do Sado a partir do Barreiro e o mesmo número no sentido inverso.
A Linha do Marco, do serviço de comboios urbanos da CP no Porto, terá oito comboios do Porto para Caíde e nove no sentido inverso. A Linha de Braga vai contar com oito comboios a partir do Porto com destino a Braga e seis comboios de Braga para o Porto. A Linha de Guimarães, que liga o Porto a Guimarães, vai contar com quatro comboios para cada sentido. Já a Linha de Aveiro tem garantidos 15 comboios do Porto para Aveiro e 14 no sentido contrário.
Na Fertagus, a empresa privada diz que vai assegurar 25% da oferta, como estipulado pelo Tribunal Arbitral como serviços mínimos, embora "esteja preparada para realizar a sua actividade habitual", explicou fonte da empresa à Lusa.
São apresentados os horários dos comboios previstos no período de greve, sendo 22 no sentido Lisboa-Setúbal, dos quais oito até Coina, e 20 no sentido inverso, para Lisboa, dos quais metade com partida em Coina.
Segundo a decisão do Tribunal Arbitral nomeado pelo Conselho Económico e Social, disponível no site desta entidade, a definição de serviços mínimos para a Infra-estruturas de Portugal, decidida por unanimidade, contempla disponibilização de canal para a realização de circulações, como os comboios urbanos de Lisboa e Porto, correspondente a cerca de 25% da realização em horário normal. Fica também decidida a criação de condições para a realização de 25% das ligações regionais e dos comboios Alfas, Intercidades e Internacionais.
A greve na IP deve-se ao acordo colectivo de trabalho que está a ser negociado entre a administração e os trabalhadores, cujo resultado vai vigorar nas empresas do grupo (IP — Infra-estruturas de Portugal; IP — Telecom; IP — Engenharia e IP — Património). A IP é a empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional (REFER) e a EP (Estradas de Portugal).