Cem militares integram investigação ao envenenamento de espião russo

Há três pessoas hospitalizadas: o antigo espião e a filha, alvos do ataque, e o agente da polícia que os tentou ajudar. Mas, no total, 21 pessoas tiveram de receber tratamento médico.

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A polícia britânica durante a investigação à tentativa de assassinato de Skripal LUSA/GERRY PENNY

Cerca de 100 militares foram enviados para a cidade britânica de Salisbury, no condado britânico de Wiltshire para ajudar na investigação à tentativa de assassinato do antigo espião russo, Sergei Skypal, avança a BBC. Os meios de comunicação britânicos dão ainda conta de que 21 pessoas tiveram de receber tratamento médico devido ao agente nervoso usado para tentar matar Skripal.

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Cerca de 100 militares foram enviados para a cidade britânica de Salisbury, no condado britânico de Wiltshire para ajudar na investigação à tentativa de assassinato do antigo espião russo, Sergei Skypal, avança a BBC. Os meios de comunicação britânicos dão ainda conta de que 21 pessoas tiveram de receber tratamento médico devido ao agente nervoso usado para tentar matar Skripal.

O antigo espião russo e a filha continuam “inconscientes mas em condições estáveis”, de acordo com a ministra do Interior britânica, Amber Rudd, citada pelo Guardian. Há ainda uma terceira pessoa internada resultante do ataque com agente nervoso: trata-se de Nick Bailey, agente da polícia de Wiltshire que tentou ajudar pai e filha. Kier Pritchard, conselheiro-chefe interino de Wiltshire, visitou o agente e afirma que este conseguia sentar-se na cama e falar, mas que se encontrava “muito ansioso”.

As investigações continuam nos vários pontos da cidade de Salisbury por onde Skypal e a filha terão passado – nomeadamente a casa onde viviam, um centro de recuperação de automóveis onde alegadamente está o seu carro e o centro comercial onde os dois desmaiaram. Os investigadores encarregues do caso ainda estão a tentar perceber como é que o veneno foi administrado e em que local – uma vez que há a forte possibilidade de Skripal ter entrado em contacto com o agente tóxico em casa e não no centro comercial onde entrou em coma.

Para ajudar nas investigações foram enviados para o local cerca de 100 militares, especialistas em armas químicas e descontaminação, de acordo com a BBC. A equipa de militares inclui membros dos fuzileiros britânicos, os Royal Marines. A Scotland Yard pediu à unidade de contra-terrorismo no local ajuda militar para “remover um conjunto de veículos e objectos da investigação em Salisbury”, cita a BBC.

No domingo, Sergei, de 66 anos, e a filha Iulia, de 33, foram encontrados inconscientes num centro comercial em Salisbury, onde o russo reside desde 2011. Estão ambos em estado crítico por aquilo que a polícia começou por descrever como “exposição a substância desconhecida”.

Skripal é um coronel retirado que serviu nos serviços de informação do Exército russo, que foi condenado a uma pena de prisão de 13 anos em 2006 por revelar aos serviços secretos britânicos a identidade de agentes secretos russos a operar na Europa. Em 2010, o Reino Unido concedeu-lhe asilo depois de ter sido perdoado pelo então Presidente russo, Dmitri Medvedev, e de uma “troca de espiões” entre Moscovo e Washington.