Trump aceita encontro com Kim, mas mantém sanções enquanto não houver acordo

O anúncio foi feito ao final desta quinta-feira pela Casa Branca, primeiro, e depois pela delegação sul-coreana nos EUA.

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Reuters/KCNA

Donald Trump confirmou o encontro histórico com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mas garantiu, numa mensagem desta noite via Twitter, que se mantêm as sanções contra Pyongyang enquanto não houver um acordo sobre desnuclearização. O convite para o encontro entre EUA e Coreia do Norte partiu do líder norte-coreano Kim Jong-un e Trump aceitou. "Está a ser planeado um encontro!", escreveu o Presidente norte-americano no Twitter. Segundo o Governo sul-coreano o encontro ficou agendado para Maio.

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Donald Trump confirmou o encontro histórico com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mas garantiu, numa mensagem desta noite via Twitter, que se mantêm as sanções contra Pyongyang enquanto não houver um acordo sobre desnuclearização. O convite para o encontro entre EUA e Coreia do Norte partiu do líder norte-coreano Kim Jong-un e Trump aceitou. "Está a ser planeado um encontro!", escreveu o Presidente norte-americano no Twitter. Segundo o Governo sul-coreano o encontro ficou agendado para Maio.

A reacção da China não se fez esperar. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, comentou o encontro numa conferência de imprensa, para dizer que Pequim vê com bons olhos "o sinal positivo" vindo de Washington e de Pyongyang. 

De acordo com um alto funcionário da Casa Branca em declarações à CNN, de forma a ser bem sucedido nesta acção diplomática, Kim Jong-un disponibilizou-se para suspender os testes nucleares durante este período. A mensagem de Trump acrescenta: "Kim Jong-un falou sobre desnuclearização com os representantes da Coreia do Sul, não apenas em suspensão."

A mesma fonte ouvida pela CNN disse não existirem indicações para os EUA alterarem a agenda dos exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul, que Pyongyang vê como uma "provocação". Trump vê este desenvolvimento como um "grande progresso", mas garante que as sanções são para manter até que haja um acordo.

Apesar de ter havido processos negociais anteriormente entre os EUA e a Coreia do Norte, nunca houve qualquer contacto directo entre os líderes dos dois países. Os ex-Presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton encontraram-se com Kim Il-sung e Kim Jong-il, respectivamente, mas apenas após terem abandonado a Casa Branca.

O anúncio surge dias depois de o regime norte-coreano ter mostrado disponibilidade para entrar em negociações com os EUA sobre a sua possível desnuclearização, de acordo com responsáveis sul-coreanos que estiveram esta semana no Norte. O encontro entre delegações das duas Coreias surge depois das tréguas na Península Coreana no âmbito dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Kim põe o nuclear em cima da mesa, mas exige o "impossível"

O convite da Coreia do Norte foi por isso feito através de uma mensagem entregue pelo próprio Kim Jong-un à delegação sul-coreana. Nesta quinta-feira, esse mesmo convite foi entregue em mãos, na Casa Branca, a Donald Trump. Os pormenores do encontro foram dados pelo líder da delegação da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, que elogiou a "liderança" de Trump e sua política de "máxima pressão".

O encontro entre Trump e Kim Jong-un acontecerá semanas depois da visita do Presidente sul-coreano Moon Jae-in a Pyongyang.