Marinha alerta para condições meteorológicas extremas entre sábado e domingo
Ventos fortes e ondulação marítima "excepcional" que chegará ao continente na manhã de domingo poderá fechar barras que habitualmente resistem abertas.
A tempestade vai nesta sexta-feira afectar o território da Madeira e a partir de sábado atingir território nacional, "tendo o seu pico na noite de sábado e manhã de domingo", alertou, em conferência de imprensa, o tenente Quaresma dos Santos do Instituto Hidrográfico da Marinha.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A tempestade vai nesta sexta-feira afectar o território da Madeira e a partir de sábado atingir território nacional, "tendo o seu pico na noite de sábado e manhã de domingo", alertou, em conferência de imprensa, o tenente Quaresma dos Santos do Instituto Hidrográfico da Marinha.
A dimensão da tempestade, que já se faz sentir na Madeira, vai expor toda a costa de Norte a Sul a ondulações dos 10 aos 15 metros e ventos que podem soprar acima dos 100 quilómetros por hora.
O impacto irá sentir-se nas barras marítimas: "A ondulação vai chegar do sector oeste e muitas das barras estão construídas de modo a parar a ondulação da direcção habitual que é da zona noroeste", o que significa que estas estruturas e os sectores a sul das mesmas vão estar muito expostas a esta ondulação.
O tenente salientou que o fecho das barras está a cargo dos capitães de porto "que têm grande experiência" nas áreas sob a sua jurisdição e que o Instituto Hidrográfico está a dar apoio às capitanias a partir do novo Centro Meteorológico Naval, onde se acompanha em tempo real a evolução do vento e agitação marítima.
"O facto de estar a chegar uma ondulação excepcional na madrugada de domingo — algo que ocorre climaticamente uma a duas vezes por ano - pode obrigar a fechar barras que habitualmente não são fechadas", rematou o tenente.
O responsável apelou às populações para "adoptarem as medidas de segurança e respeitarem as instruções que são dadas" pelas entidades ligadas à protecção civil.
Texto editado por Ana Fernandes