Fnam mantém greve. E há novo Fórum Médico marcado para dia 19

Sindicatos e Ministério da Saúde reuniram-se nesta quinta-feira. Federação Nacional dos Médicos mantém greve, criticando a ausência de propostas.

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Rui Gaudencio

Os sindicatos médicos estiveram reunidos com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira. A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) considerou as propostas apresentadas pela tutela insuficientes e mantém os três dias de greve marcados para Abril. Há um novo Fórum Médico agendado para o dia 19 onde a situação do SNS e a greve serão discutidos.

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Os sindicatos médicos estiveram reunidos com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira. A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) considerou as propostas apresentadas pela tutela insuficientes e mantém os três dias de greve marcados para Abril. Há um novo Fórum Médico agendado para o dia 19 onde a situação do SNS e a greve serão discutidos.

“O ministério foi evasivo e tirando a proposta da redução das 200 horas extraordinárias anuais para as 150, nada mais houve. É muito pouco quando as questões mais importantes para os médicos são a revisão da carreira e da grelha salarial, a resolução dos problemas do internato médico, a questão dos concursos que têm de ser transparentes. Não nos souberam dizer quantos médicos entraram [nos hospitais] fora do concurso nacional. Houve uma proposta de diminuição de utentes por médico de família, mas muito pouco substantiva”, enumerou o presidente da Fnam, depois da reunião com o ministério.

Em resumo, “não houve nenhuma alteração significativa e a greve mantém-se”, afirmou João Proença.

A greve, a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o impasse nas negociações serão os temas centrais do próximo Fórum Médico, marcado para o dia 19 deste mês. O encontro junta sindicatos, Ordem dos Médicos e representantes de outras associações.

Pouco tempo antes de reunir no ministério, a Fnam emitiu um comunicado a criticar o documento que o ministério enviou a 5 de Março, para serem discutidas na reunião desta quinta-feira, dizendo que este confirmava “a vontade e decisão política de continuar a não apostar nos médicos e no desenvolvimento qualitativo da carreira médica”. Em causa a ausência de propostas para revisão e progressão na carreira bem como de soluções para acabar com os médicos indiferenciados. A limitação que existe à criação de mais unidades de saúde familiar é igualmente contestada.

A greve anunciada pela Fnam está marcada para os dias 10, 11 e 12 de Abril, faltando saber se o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) se junta ao protesto. Esta hipótese já foi admitida pelo secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, antes da reunião com o ministério: “Em último caso, se não chegarmos a acordo, iremos, juntamente com a Fnam, marcar um período de greve no mês de Abril, com certeza."

Apesar das tentativas, não foi possível até ao momento chegar à fala com o SIM para saber se o sindicato já tomou uma decisão.

O Ministério da Saúde tem uma nova reunião marcada com os dois sindicatos médicos para o dia 28 de Março.